quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Deficientes e tecnologia

O quanto a tecnologia pode facilitar a vida dos deficientes é o que está sendo discutido no 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva, em Fortaleza

Fortaleza está sediando o 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Ceará, iniciado na última segunda-feira e com encerramento previsto para amanhã (30). A promoção é do Instituto Muito Especial (Organização Social Civil de Interesse Público – Oscip), que há dez anos trabalha promovendo ações em prol da inclusão social lena da pessoa com deficiência, e conta com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. 

A tecnologia assistiva (TA) é o processo voltado para criar ou identificar recursos tecnológicos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. Nós vivemos em um mundo onde a tecnologia se apresenta como um fator de facilitação da vida das pessoas, melhorando o desempenho de suas atividades e dando mais comodidade à vida. 

Se isso é bom para as pessoas comuns, o que não dizer para aquelas que sofrem algum tipo de deficiência? Nesse sentido é que se coloca o argumento da especialista Mary Pat Radabaugh sobre o assunto: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.” 

Foi pensando principalmente em tornar factível uma vida normal para pessoas com deficiência que se passou a utilizar uma estratégia voltada para produzir meios tecnológicos, assim como serviços para esse fim. Trabalhos como o do Instituto Muito Especial é que levaram o próprio Estado brasileiro, através da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, através da portaria nº 142, em 16 de novembro de 2006, a instituir o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), que reúne um grupo de especialistas brasileiros e representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho, visando apresentar propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de tecnologia assistiva. 
O objetivo também é estruturar as diretrizes da área de conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; detectar os centros materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. 

Coisas básicas, como talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e o despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de apoio,etc., são exemplos do quanto pode ser feito.
Neste 1º Congresso mais inovações serão discutidas, bem como outros meios para tornar a vida dos deficientes mais digna.
Fonte: opovo
 

Dia 30 de setembro: ato na Praça do Ferreira por uma sociedade inclusiva

O Movimento das Pessoas com Deficiência do Ceará (MPcD) convida para uma tarde de afirmação da cidadania e luta por uma sociedade inclusiva. Um grande ato político-cultural será realizado na Praça do Ferreira, no dia 30 de setembro, a partir das 14h. Os diversos segmentos de pessoas com deficiência realizam apresentações artísticas por inclusão, igualdade de condições e acessibilidade a partir das 14 na Praça do Ferreira. Música, dança, teatro, postos para orientação e informação fazem parte do evento organizado pelos segmentos de deficiência física, auditiva, visual, orgânica, múltipla e intelectual. Contamos com a sua presença nessa construção coletiva.

Dia: 30 de setembro
Hora: 14h
Local: Praça do Ferreira (Fortaleza)

Maiores informações:
Débora Dias - Assessoria de Comunicação (85) 9969.0353

terça-feira, 28 de setembro de 2010

I Jornada da Pessoa com Deficiência é realizada em Fortaleza

Evento desenvolvido pela STDS ocorre de terça a quinta-feira no auditório do órgão

A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) realiza, de 28 a 30 de setembro, a I Jornada da Pessoa com Deficiência, de 8h às 16 horas, no auditório da STDS, situado na rua Soriano Albuquerque, 230, Joaquim Távora. Com o tema “Acessibilidade: direito de todos”, evento faz parte das comemorações do Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

Serão compartilhadas entre 100 técnicos dos municípios que firmaram convênios com a STDS, durante os três dias de encontro, experiências de sucesso desenvolvidas a deficientes no Estado. Além de Fortaleza, estarão presentes representantes dos municípios de Ocara, Umirim, Campos Sales e Viçosa do Ceará.

Participam da programação, ainda, o coordenador do Laboratório de Inclusão da STDS, João Monteiro, que tratará da questão da inclusão profissional em termos qualitativos e quantitativos feita na secretaria. Para falar da inserção da pessoa com deficiência visual no mercado de trabalho, a jornada contará com a presença da professora Elinalva, da Associação dos Cegos do Ceará (ACEC).

A I Jornada da Pessoa com Deficiência esclarecerá questões sobre Aconselhamento Genético, com a geneticista Erlane Marques e sobre experiência com pessoas autistas, com a psicóloga Isabele Oliveira. A jornada será encerrada com palestra de Cyntia Moraes, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

Fonte: opovo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Adaptação das empresas a funcionários com deficiência passa por cursos e ações de acessibilidade

Funcionários da White Martins frequentaram aulas de Libras para melhorar a sua comunicação com os deficientes auditivos/Foto:Simone Marinho - O Globo


É lei. Empresas com mais de cem funcionários têm que reservar um percentual de vagas para pessoas com deficiência. Contratar pessoas com necessidades especiais, no entanto, pode exigir algumas adaptações, o que nem sempre acontece. A maioria das organizações se preocupa apenas em cumprir a cota, sem focar na qualificação dessa mão de obra ou em intervenções que poderiam melhorar seu desempenho no trabalho, como mostra reportagem de Fernanda Thurler, publicada no Globo neste domingo.
De acordo com Marcus Scarpa, presidente do Instituto Muito Especial - que trabalha na inclusão de pessoas com deficiência - durante o processo de contratação a empresa deve seguir um planejamento para facilitar a adaptação do funcionário à organização e vice-versa.
- É preciso tornar o local de trabalho acessível a todos, além de lançar uma campanha de sensibilização que alcance todas as equipes - afirma Scarpa.
Em 2008, o Instituto Muito Especial encomendou uma pesquisa sobre o cenário de contratação de pessoas com deficiência em empresas do Rio com mais de cem funcionários. Das 97 analisadas, apenas 33% comprovaram que cumpriam a lei de cotas.
- A maioria alega que falta mão de obra qualificada. E a realidade é, de fato, cruel. Apenas 3% das pessoas com deficiência, no país, chegam à universidade - informa o especialista.
Para tentar driblar essa carência, a Unimed-Rio lançou, no ano passado, o programa "Trainees especiais". Na primeira turma, 15 funcionários se formaram e foram efetivados.
- Durante seis meses, eles passam por aulas práticas, teóricas e estágios em diversas áreas. Depois identificamos o perfil para que seja encaminhado a um setor definitivo - explica a superintendente de Relacionamento Ana Senna.
Vítima de meningite quando tinha nove meses, Thiago Assis, hoje com 26 anos, conseguiu seu primeiro emprego na White Martins há cinco anos, mesmo com os movimentos do lado direito do corpo prejudicados. Para reconhecer e facilitar o seu trabalho, a companhia comprou um teclado especial.
- A empresa me abriu portas. Já fui promovido e pretendo crescer mais - resume Thiago, que trabalha como assistente administrativo.
A lei nº 8.213 - que entrou em vigor em 1991 - obriga toda empresa com mais de cem empregados a ter em seu quadro de pessoal 2% de funcionários com deficiência. Entre 201 e 500, o percentual é de 3%; entre 501 e mil, 4%; e, além desse número, 5%. No caso de descumprimento, a companhia está sujeita a multa que varia de acordo com o número de funcionários com deficiência não contratados.
Leia reportagem na íntegra no Globo Digital (conteúdo exclusivo para assinantes). 

Fonte: oglobo

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pessoas com deficiência serão incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) fez publicar, no Diário Oficial da União, a Portaria nº 706, que insere todos os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Cadastro Único de Programas Sociais do governo.

A medida auxiliará na atualização de dados dos beneficiários e, consequentemente, ampliará o acesso a outros programas sociais. A partir de outubro, todas as pessoas que recebem o benefício deverão ser cadastradas no Cadastro Único.

Com a medida, serão incluídas mais de 2 milhões de pessoas que estavam fora do cadastro. Atualmente, 3,3 milhões recebem o BPC em todo o País. Com a inclusão, o MDS poderá melhorar o planejamento dos serviços ofertados aos beneficiários.

Para a diretora de Benefícios Assistenciais do MDS, Maria José de Freitas, a inclusão dessas pessoas no cadastro surge como mais uma maneira de acompanhar o beneficiário. “O cadastro amplia as informações do beneficiário e isso contribui para o processo de acompanhamento dele, sua inserção em serviços”, avalia Maria José.

O BPC é um direito garantido pela Constituição para idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência, de qualquer idade e sem condições para o trabalho. A renda familiar por pessoa deve ser inferior a um quarto do salário mínimo. É importante lembrar que o recurso é diferente de aposentadoria: para ser receber o BPC, a pessoa não precisa ter contribuído com a Previdência Social.

Parceria internacional

Buscando aprender novas formas de enfrentamento dos obstáculos pelas pessoas com deficiência, o MDS aproveitou a cooperação técnica entre Brasil e Espanha para conhecer a experiência daquele país nesse tipo de atendimento. O trabalho vem sendo desenvolvido em etapas. Uma delas se deu no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília.

O encontro reuniu o MDS e os ministérios do Planejamento e da Previdência Social com a Enap e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid). A cooperação entre os dois países segue agora para nova etapa: o monitoramento do modelo de avaliação do idoso e da pessoa com deficiência para o Beneficio de Prestação Continuada (BPC).

Para a coordenadora-geral de Regulação e Ações Intersetoriais da Secretaria Nacional de Assistência Nacional do MDS, Patrícia Souza De Marco, os três anos da cooperação Brasil-Espanha foram marcados por avanços na proteção social. “A cooperação tem sido frutífera. Ela nasceu junto com a implementação do Sistema Único de Assistência Social (Suas).”

Para a coordenadora, a próxima fase deve se estender até 2011. “Contamos com avaliação médica e de um assistente social para verificar se há mecanismos que ajudem a diminuir a incapacidade do beneficiário”, explica, citando como exemplo o uso da uma tecnologia assistiva (próteses ou hastes que facilitem a acessibilidade).

Semana de Luta

Nesta quinta-feira (23), o MDS participou da Semana de Luta das Pessoas com Deficiência, na Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), com a palestra da coordenadora da Secretaria Nacional de Assistência Social, Elyria Credidio, sobre o BPC e as pessoas com deficiência.

Diariamente, os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) desenvolvem atividades de orientação e apoio a pessoas com deficiência, idosos e suas família.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

COQUETEL DA 4ª EDIÇÃO DO PROJETO SOCIAL A ARTE DE SER ESPECIAL

Preconceito familiar é uma das barreiras para inserção de pessoas com deficiência no ensino

Da Agência Brasil

Brasília - O preconceito dos parentes ainda é uma barreira para a plena inserção de pessoas com deficiência na sociedade e, principalmente, na escola. Pesquisa feita entre outubro de 2008 e outubro de 2009, com 190 mil famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), mostrou que 52% das famílias acreditam que não adianta colocar o deficiente na escola. O BPC atende a idosos que não recebem nenhum tipo de auxílio previdenciário e a pessoas com deficiência, incluindo crianças e adolescentes, oferecendo um salário mínimo.

Para tentar mudar essa realidade, o Ministério da Educação reuniu hoje (17), em Brasília, especialistas dos ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Saúde, além de representantes do Ministério Público e da Secretaria dos Direitos Humanos para traçar ações que ajudem na inserção de pessoas com deficiência na escola. Para isso, foi instituído o programa BPC na Escola.

A diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Maria José de Freitas, disse que o intuito do programa é de identificar barreiras sociais no dia a dia. Segundo ela, a iniciativa deverá combater as desigualdades e o preconceito que os deficientes encontram para ter acesso à educação.

“A ideia do BPC na Escola é promover e garantir a permanência das crianças nas escolas, tendo como eixo principal a identificação de crianças que estão fora da escola e quais as barreiras que as impedem de estudar ou, em alguns casos, de continuarem no ambiente escolar. A ação articulada é uma maneira de confrontar essa realidade e trazer soluções a esse grupo”, disse.

A pesquisa também indicou que 68% dos beneficiários atualmente vão à escola; 18% já foram, mas hoje estão fora da sala de aula, enquanto 14% nunca frequentaram o ambiente escolar. O programa BPC foi estendido à assistência escolar a fim de oferecer subsídios aos portadores de deficiência no acesso à educação.
 
Outro dado importante da pesquisa destaca a dependência das pessoas com deficiência para ir à escola. De acordo com o levantamento, 80% dos beneficiários que frequentaram a escola precisavam de alguém que os levassem, e dos que estão matriculados, 73,6% necessitam de um acompanhante.

Atualmente cerca de 2,6 mil municípios brasileiros, equivalente a 47% do total, têm o programa BPC. De acordo com a diretora, a ideia é capacitar mais técnicos para que o acesso à iniciativa abranja todos os municípios.


Edição: Lílian Beraldo e Juliana Andrade

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

21 DE SETEMBRO - DIA NACIONAL DA LUTA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS


O Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. Foi escolhido o dia 21 de setembro pela proximidade com a primavera e o dia da árvore numa representação do nascimento de nossas reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições.

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos desde então em todos os estados; serve de momento para refletir e buscar novos caminhos em nossas lutas, e também como forma de divulgar nossas lutas por inclusão social.

Lei Nº 11.133, DE 14 DE JULHO DE 2005

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

FÓRUM DO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA PROMOVIDO PELA APAE-DF

Cartaz fórum
Há quase 20 anos, a Lei n° 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, foi adotada para ampliar o acesso de pessoas com deficiência ao mundo do trabalho. No entanto, a inserção profissional favorecida pela lei está longe de ser a ideal. Mais que a oferta de vagas, é preciso valorizar as potencialidades das pessoas com deficiência, permitir que tenham uma educação profissional adequada e viabilizar os recursos de acessibilidade necessários no ambiente de trabalho .

Visando apresentar e discutir a realidade profissional dessa parcela da população, a APAE-DF promove o Fórum do Trabalho da Pessoa com Deficiência. O evento será realizado nos dia 29 e 30 de setembro de 2010, no auditório do Museu Nacional de Brasília, no Complexo Cultural da República. O Fórum conta com o apoio das instituições Fenapaes, Ceal, Icep e CEEDV, além da Acessibilidade Brasil e do Museu Nacional de Brasília. O Bradesco, a Eficiência Brazil e o Itaú são os patrocinadores do evento.

O evento é aberto e gratuito para todos os interessados, entre pessoas com deficiência, profissionais do ensino, gestores do terceiro setor, empresários, governantes e comunidade em geral. No entanto, para participar é preciso fazer uma inscrição prévia, pois as vagas são limitadas. Os endereços para inscrição são:

APAE-DF: SGAN 711/911, Conjunto E Brasília/DF.
CEAL: 909 Norte, Módulo B Brasília/DF
ICEP: SIA Trecho 3, Lote nº 1240 Brasília/DF.
CEEDV: SGAS 612, Conj. J Brasília/DF. 
O Fórum do Trabalho da Pessoa com Deficiência seguirá a programação disponível no link abaixo. Confira, inscreva-se e participe desse importante momento em favor da inclusão profissional de pessoas com deficiência!
PROGRAMAÇÃO DO FÓRUM CLIQUE AQUI!
Mais informações sobre o evento, ligue: (61) 2101-0463 begin_of_the_skype_highlighting (61) 2101-0463      end_of_the_skype_highlighting
Ou mande um e-mail: forum@apaedf.org.br
SERVIÇO:
FÓRUM DO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
DIAS: 29 e 30 de setembro de 2010
HORÁRIO: 9h00 às 17h30
ENTRADA: por inscrição (gratuita)
LOCAL: Auditório do Museu Nacional de Brasília
Complexo Cultural da República

Fonte: Apae-DF

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência‏ no Ceará

O 1° Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Ceará é uma realização do Instituto Muito Especial com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento visa reforçar a importância do tema e apresentar as inovações na área de Tecnologia Assistiva, além de debater sobre as novas possibilidades que facilitam e contribuem para a inclusão social da pessoa com deficiência.

O Congresso será realizado em Fortaleza, no Ceará, entre os dias 27 e 30 de setembro de 2010.

O credenciamento ocorrerá no dia 27, às 18h, mas apenas as 500 primeiras pessoas a se credenciarem garantem o kit do Congresso (mochila, cartilhas, bloco, pasta e caneta).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Como escrever sobre e como tratar as pessoas com deficiência

Caminhando pela Beira-Mar, nessas agradáveis tardes que só fazem em Fortaleza, vejo um grupo de pessoas vindo em minha direção. Distribuem um folheto, pego um. Era um grupo da Apabb (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficência, do Banco do Brasil e da Comunidade).
O título “Cartilha de Dicas de Relacionamento com as Pessoas com Deficiência”, em letras maiúsculas “NORMAL É SER FELIZ”.
Guardei e li com atenção, complementando com a indicação de um link recomendado (que vou reproduzir abaixo).

Mitos
A cartilha derruba alguns mitos que se têm em relação às pessoas com deficiência, orienta como se deve tratá-las, explica os diversos tipos de deficiência e combate os excessos do “politicamente correto”.
Há um capítulo dedicado às terminologias para se referir às pessoas com deficiência, propondo o combate a termos como “necessidades especiais”, “pessoas com necessidades especiais” e “portadores de deficiência”.
Mostra que se pode dizer das pessoas cegas, que são cegas mesmo, e as surdas, que são surdas (e não “deficientes visuais” ou “auditivos”). Com a ressalva de que os surdos não são mudos, comunicam-se usando a Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e/ou outras formas de expressão.

Terminologia
Vou reproduzir abaixo, na íntegra, o item sobre terminologia, pois creio que ajudará estudantes e jornalistas a usarem os termos corretos quando forem escrever suas matérias.
Necessidades especiais?
É importante combatermos expressões que tentem atenuar as diferenças, tais como: “pessoas com capacidades especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”, “pessoas com habilidades diferenciadas”, “deficientes”, “pessoas especiais” e a mais famosa de
todas: “pessoas com necessidades especiais”. As “diferenças” têm de ser valorizadas, respeitando-se as “necessidades” de cada pessoa.
O termo “pessoas com necessidades especiais”, discutido desde a década de 70, referia-se às necessidades específicas de cada pessoa, com ou sem deficiência. Entretanto, no Brasil o termo acabou por ser utilizado erroneamente como identificação única de pessoa com deficiência. O mais importante é garantir a “igualdade de oportunidades”. Ao tentarmos atenuar as diferenças, é como se disséssemos: “Aceitaremos você sem olhar para sua deficiência.”

Portador (a)?
Devemos ficar atentos à evolução histórica dos termos: Termos como: “portador de deficiência”, “pessoa portadora de deficiência”, ou “portador de necessidades especiais” não são mais utilizados. A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela “tem uma deficiência”.
Tanto o verbo “portar” como o substantivo, ou adjetivo, “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Ou seja, a pessoa só porta algo que ela pode deixar de portar. Por exemplo, não dizemos que uma pessoa “é portadora de olhos verdes”, dizemos que ela “tem olhos verdes”.

Pessoa com deficiência!
Há uma associação negativa com a palavra “deficiente”, pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. A pessoa não é deficiente, ela “têm uma deficiência”.
Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, já convencionaram de que forma preferem ser chamados:

PESSOA(S) COM DEFICIÊNCIA
Esse termo faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008.

Comercial Inclusão Social - Pessoa com Deficiência

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

UFC cria Secretaria de Acessibilidade

O Consuni aprovou a criação da Secretaria de Acessibilidade, que objetiva acelerar o processo de inclusão de cegos, surdos, cadeirantes e pessoas com outros tipos de deficiência na UFC.
A Comissão de Educação Inclusiva (Cein), após mais de sete meses de pesquisas, debates e diagnósticos, entregou documento ao Reitor Jesualdo Farias propondo a criação da Secretaria - UFC Inclui -, que ficará vinculada ao Gabinete do Reitor e cuidará exclusivamente de projetos voltados para esse público.

"Embora muito já tenha sido feito, ainda existe um passivo enorme. O importante é que estamos institucionalizando essa demanda, para que as próximas gestões deem continuidade ao que for feito agora", disse Jesualdo Farias.
Uma das primeiras tarefas da Secretaria será apoiar a elaboração de projetos arquitetônicos que garantam o bom fluxo de pessoas com deficiência nos campi da Universidade.
Construir rampas, ampliar banheiros, instalar sinalização para cegos são atividades que começarão a ser planejadas ainda este ano. "Assim que esses projetos estiverem prontos, começaremos a executá-los. Não é pretensão nossa resolvermos todos os problemas de uma hora para outra, mas um importante passo será dado", garantiu o Reitor.
Além de adaptações físico-arquitetônicas, a Secretaria de Acessibilidade colocará em prática as propostas do Plano de Acessibilidade da UFC, como a criação do cargo de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no quadro de servidores da Instituição, além do desenvolvimento de uma campanha de sensibilização da comunidade universitária sobre o tema.
A Secretaria também  promoverá a inserção, nos currículos acadêmicos dos cursos de graduação da UFC, de conteúdos sobre acessibilidade, além de tornar a disciplina de Libras obrigatória nos cursos de licenciatura e optativa para as demais graduações. Também passa a ser meta da UFC o desafio de adequar o atendimento às pessoas com deficiência nos diversos ambientes na Universidade.


Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC - (fones: 85 3366 7331 / 3366 7330)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Prevenção das consequências da obesidade em crianças e adolescentes com deficiência intelectual.

Publicado por Júlio Bernardes em 22 de julho de 2010 - 19:05 - Categoria: Saúde
As questões socioeconômicas e de dinâmica familiar são as maiores dificuldades apontadas por familiares de crianças e adolescentes com deficiência intelectual para a orientação e prevenção das consequências da obesidade. É o que revela uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP que defende a criação de políticas públicas e maiores opções de atendimento para essa população, especialmente junto às famílias de baixa renda.
A fisioterapeuta Cláudia Queiroz, autora da pesquisa, atua em um programa para orientar e prevenir sobre complicações da obesidade oferecido por uma instituição para portadores de deficiência intelectual na Zona Norte de São Paulo. Lá, a pesquisadora analisou as principais dificuladades relatadas pelas famílias participantes. Cláudia conta que a equipe é composta por uma psicóloga, uma neuropediatra e uma fisioterapeuta. “Em média, são atendidos de 45 a 50 crianças e adolescentes obesos por mês, e seus familiares, em reuniões mensais de orientação ou, em casos mais críticos, com atendimento quinzenal.”
Além da dificuldade financeira para adquirir alimentos considerados saudáveis e para matriculá-los em uma academia, os familiares citam a falta de tempo para acompanhar seus filhos nas atividades físicas e a falta de preparo dos profissionais atuantes nestes estabelecimentos. “A obesidade tem crescido entre crianças e adolescentes como um todo e, no caso dos jovens com deficiência intelectual, existem ainda outros agravantes como possíveis distúrbios hormonais, alterações cardio respiratórias e pouca atividade física, que favorecem a uma vida sedentária e, consequentemente, a ocorrência da obesidade”, explica a fisioterapeuta.
As principais orientações fornecidas pelo serviço estão relacionadas com alimentação mais saudável e atividade física regular. “Na pesquisa, verificou-se que a alimentação dos pacientes é inadequada”, aponta. “Muitas famílias tem poder aquisitivo prejudicado e não apresentam condições para adquirirem alimentos necessários a manter uma dieta saudável, como carnes, magras, peixes, verduras e frutas.
DisponibilidadeA maioria das crianças e adolescentes consomem preferencialmente, alimentos mais calóricos, como os carboidratos, por estarem presentes em alimentos de custo mais acessível, como pães, macarrão, arroz e batata. “Alguns participantes ficam na instituição o dia todo, e fazem refeições ali, mas as opções de alimentos nem sempre são adequadas porque o fornecimento depende de doações, que não tem um fluxo regular”, ressalta Cláudia. Outro aspecto importante citado na pesquisa é referente a falta de independência e autonomia dos jovens, o que torna indispensável a participação das famílias nas atividades e orientações realizadas pela equipe do programa.
A maioria dos pais envolvidos no programa se queixam da dificuldade de participar das reuniões de orientação durante a semana. “Em muitos casos, as mães são o único adulto da família, e precisam trabalhar para sustentar seus filhos”, conta a fisioterapeuta. Também são mencionadas dificuldades para acompanhar os filhos na atividade física com a frequência recomendada, que é de pelo menos três a quatro vezes por semana.
“Há dificuldade de acesso a academias, seja pela não existência de opções próximas a residência, falta de dinheiro para mensalidades ou de atendimento especializado para portadores de deficiência intelectual”, observa Cláudia.“Uma opção poderiam ser as caminhadas, mas nesse caso existe o problema da falta de tempo dos pais para acompanhar os filhos, que apesar de serem adolescentes, necessitam de companhia.” A instituição oferece aulas de educação física e oficina de dança, mas não são suficientes para atender as necessidades do programa.
De acordo com Cláudia, as dificuldades levantadas na pesquisa servirão de base para estudar formas de aprimorar a atuação do programa. “Embora a instituição dependa de doações para se manter, há necessidade de se ampliar o tempo das ações, o número de profissionais atuantes no programa e uma maior divulgação do serviço”, afirma. “Também é preciso implantar políticas públicas para prevenir a obesidade em jovens com deficiência intelectual, pois existem poucas opções específicas de atendimento”.
Mais informações: claudiaqueiroz@usp.br

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Exposição com obras de pessoas com deficiência é atração em BH

Mostra reúne cerca de 30 quadros com diferentes técnicas.
Autores integram unidades da Apae da Grande BH.



Obra de integrante da Apae de Belo Horizonte 
Obra de integrante da Apae de Belo Horizonte
(Foto: Divulgação)
 
Esta sexta-feira (27) é o último dia para visitar a mostra “Arte sem Limites”, com obras de pessoas com deficiência. A exposição é Galeria de Arte do Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Rua Rodrigues Caldas, 30, bairro Santo Agostinho. O local está aberto para visitação entre 8h e 18h.
Fazem parte da mostra cerca de 30 quadros com diferentes técnicas de autores das unidades da Associação de Pais e Amigos dos Expepcionais (Apae) de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo.
De acordo com os organizadores, o evento integra as comemorações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.

Fonte: G1.com

DEBATE SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR NA TV CÂMARA, CONFIRAM!

Em debate ao vivo na TV câmara, Maraisa Helena Pereira - coordenadora geral da APAE no Distrito Federal defendeu a visão  da educação inclusiva dentro dos padrões da educação especial diferenciada, como as Apaes oferecem a tanto tempo, abordando também o problema de despreparo dos profissionais da rede pública de educação. O debate contou com a participação de um representante dos professores e um representante do MEC que se retirou antes de se pronunciar no debate.

            Clique aqui para ver o vídeo!

Fonte: Federação Nacional das APAEs

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bateria de testes avalia as habilidades cognitivas de portadores de Down

Uma série de exercícios de computador oferece uma nova ferramenta que pode ajudar a determinar a trajetória do desenvolvimento


Criança com síndrome de Down realiza atividade artística para desenvolver o cérebro e a interatividade
Criança com síndrome de Down realiza atividade artística para desenvolver o cérebro e a interatividade
Um grupo de pesquisa sobre a Síndrome de Down, da Universidade do Arizona (UA), criou uma bateria de testes que ajuda na avaliação das habilidades cognitivas de pessoas com a síndrome. Para o desenvolvimento dos testes, a UA teve colaboração de colegas na Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Emory.
Com uma série de exercícios de computador, que não dependem de línguas, os médicos e outros pesquisadores oferecem uma nova ferramenta que pode ajudar a determinar a trajetória do desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down e auxiliar na elaboração de drogas e intervenções comportamentais.
Jamie Edgin, do departamento de psicologia da UA, que ajudou a desenvolver a nova bateria de testes, disse que o teste é portátil e pode ser aplicado em cerca de duas horas. "No passado, avaliar a cognição na Síndrome de Down levava vários dias. Isto é realmente compacto e prático".
Para Lynn Nadel, o conceito para a bateria de testes originou há cerca de 15 anos, mas a própria tarefa de construí-la, o trabalho duro de validá-la, exigiu cerca de três anos de trabalho.
A síndrome de Down é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossoma 21 extra. Isso ocorre uma vez em cerca de 800 a 1.000 nascidos vivos, que muitas vezes têm dificuldades amenas ou severas de desenvolvimento, bem como problemas de saúde que incluem defeitos cardíacos e o início precoce da demência e de Alzheimer.
A doença afeta principalmente três grandes partes do cérebro: o córtex pré-frontal, o hipocampo e o cerebelo. Neuroimagem, principalmente a ressonância magnética funcional (fMRI), era um elemento-chave da pesquisa de Edgin e Nadel. Imagens mostram que os indivíduos que realizam determinadas tarefas utilizam uma ou mais das três partes do cérebro. Os pesquisadores também descobriram que quando certas partes do cérebro são danificadas impede que determinadas tarefas sejam realizadas.
As pessoas com síndrome de Down apresentam diversos resultados, um comprometimento cognitivo de leve a grave, dependendo do desenvolvimento das três regiões do cérebro que estão em risco. A esperança é que a bateria de testes seja uma forma de descobrir como se desenvolve cada um desses domínios específicos. E porque a síndrome de Down é causada por um cromossomo extra com muitos genes envolvidos, existe uma variabilidade considerável no resultado de uma determinada criança.
Nadel disse que pretende expandir o projeto para outras áreas de estudo. Um deles é focando o sono desordenado e fragmentado no desempenho cognitivo na síndrome de Down e que intervenções podem ajudar os portadores a melhorar seu sono.

Fonte: isaude