quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Deficientes e tecnologia

O quanto a tecnologia pode facilitar a vida dos deficientes é o que está sendo discutido no 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva, em Fortaleza

Fortaleza está sediando o 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Ceará, iniciado na última segunda-feira e com encerramento previsto para amanhã (30). A promoção é do Instituto Muito Especial (Organização Social Civil de Interesse Público – Oscip), que há dez anos trabalha promovendo ações em prol da inclusão social lena da pessoa com deficiência, e conta com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. 

A tecnologia assistiva (TA) é o processo voltado para criar ou identificar recursos tecnológicos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. Nós vivemos em um mundo onde a tecnologia se apresenta como um fator de facilitação da vida das pessoas, melhorando o desempenho de suas atividades e dando mais comodidade à vida. 

Se isso é bom para as pessoas comuns, o que não dizer para aquelas que sofrem algum tipo de deficiência? Nesse sentido é que se coloca o argumento da especialista Mary Pat Radabaugh sobre o assunto: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.” 

Foi pensando principalmente em tornar factível uma vida normal para pessoas com deficiência que se passou a utilizar uma estratégia voltada para produzir meios tecnológicos, assim como serviços para esse fim. Trabalhos como o do Instituto Muito Especial é que levaram o próprio Estado brasileiro, através da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, através da portaria nº 142, em 16 de novembro de 2006, a instituir o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), que reúne um grupo de especialistas brasileiros e representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho, visando apresentar propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de tecnologia assistiva. 
O objetivo também é estruturar as diretrizes da área de conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; detectar os centros materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. 

Coisas básicas, como talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e o despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de apoio,etc., são exemplos do quanto pode ser feito.
Neste 1º Congresso mais inovações serão discutidas, bem como outros meios para tornar a vida dos deficientes mais digna.
Fonte: opovo
 

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