Uma série de exercícios de computador oferece uma nova ferramenta que pode ajudar a determinar a trajetória do desenvolvimento
Um grupo de pesquisa sobre a Síndrome de Down, da Universidade do Arizona (UA), criou uma bateria de testes que ajuda na avaliação das habilidades cognitivas de pessoas com a síndrome. Para o desenvolvimento dos testes, a UA teve colaboração de colegas na Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Emory.
Com uma série de exercícios de computador, que não dependem de línguas, os médicos e outros pesquisadores oferecem uma nova ferramenta que pode ajudar a determinar a trajetória do desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down e auxiliar na elaboração de drogas e intervenções comportamentais.
Jamie Edgin, do departamento de psicologia da UA, que ajudou a desenvolver a nova bateria de testes, disse que o teste é portátil e pode ser aplicado em cerca de duas horas. "No passado, avaliar a cognição na Síndrome de Down levava vários dias. Isto é realmente compacto e prático".
Para Lynn Nadel, o conceito para a bateria de testes originou há cerca de 15 anos, mas a própria tarefa de construí-la, o trabalho duro de validá-la, exigiu cerca de três anos de trabalho.
A síndrome de Down é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossoma 21 extra. Isso ocorre uma vez em cerca de 800 a 1.000 nascidos vivos, que muitas vezes têm dificuldades amenas ou severas de desenvolvimento, bem como problemas de saúde que incluem defeitos cardíacos e o início precoce da demência e de Alzheimer.
A doença afeta principalmente três grandes partes do cérebro: o córtex pré-frontal, o hipocampo e o cerebelo. Neuroimagem, principalmente a ressonância magnética funcional (fMRI), era um elemento-chave da pesquisa de Edgin e Nadel. Imagens mostram que os indivíduos que realizam determinadas tarefas utilizam uma ou mais das três partes do cérebro. Os pesquisadores também descobriram que quando certas partes do cérebro são danificadas impede que determinadas tarefas sejam realizadas.
As pessoas com síndrome de Down apresentam diversos resultados, um comprometimento cognitivo de leve a grave, dependendo do desenvolvimento das três regiões do cérebro que estão em risco. A esperança é que a bateria de testes seja uma forma de descobrir como se desenvolve cada um desses domínios específicos. E porque a síndrome de Down é causada por um cromossomo extra com muitos genes envolvidos, existe uma variabilidade considerável no resultado de uma determinada criança.
Nadel disse que pretende expandir o projeto para outras áreas de estudo. Um deles é focando o sono desordenado e fragmentado no desempenho cognitivo na síndrome de Down e que intervenções podem ajudar os portadores a melhorar seu sono.
Fonte: isaude
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