Desde a promulgação da lei 8.213/1991, as organizações com mais de cem funcionários ficaram obrigadas a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com PCDs (pessoas com deficiência). Empresas de menor porte também podem contratar esses profissionais como uma prática de inclusão social apesar de não serem obrigadas.
O aumento significativo da demanda do mercado por esses profissionais acarretou na escassez de PCDs aptos a ingressar no mercado de trabalho.
De acordo com o último Censo, cerca de 24,5 milhões de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência, ou seja, 14,2% da população. Dessa parcela, apenas 48% trabalham ou desempenham algum tipo de atividade remunerada. No universo de 26 milhões de trabalhadores formais ativos, somente 537 mil são PCDs, representando 2,05% do total de empregados.
Com a obrigatoriedade imposta pela lei e a crescente conscientização da necessidade da participação do empresariado na questão da inclusão social desses profissionais, muitas empresas têm se mobilizado para contratar de deficientes, mas o resultado dessa ação ainda é insuficiente. “Nós sentimos que muitas vezes há um desinteresse dos próprios PCDs”, afirma Maria Aparecida da Silva, analista de Recursos Humanos da Simm do Brasil. Ela diz que os profissionais com deficiência passaram a exigir vantagens em relação a outros funcionários, redução da jornada de trabalho e benefícios especiais; o que dificulta para as empresas reter talentos do tipo. “Para nós, o funcionário PCD deve ser tratado como qualquer outro, sem distinção, podendo ser promovido quando executa um bom trabalho ou advertido quando comete um erro”, reforçou Maria Aparecida.
Ciente do desafio e da necessidade de trabalhar ativamente para possibilitar a profissionais com deficiência uma verdadeira inclusão, a SPOT desenvolve há 13 anos, como parte de seu Programa de Responsabilidade Social, o Projeto Capacitação para Inclusão, voltado para pessoas com deficiência que querem se capacitar e s aperfeiçoar em relação ao universo corporativo. O Projeto busca desenvolver habilidades técnicas nos PCDs participantes e conscientizá-los da importância de se construir uma carreira dentro das empresas em que atuarão. Os módulos foram desenvolvidos tomando como base competências levantadas pelas Gerências de RH dos maiores grupos empresariais de Brasília como sendo as principais competências percebidas como gaps na contratação de PCDs. O projeto é constituído por um treinamento de 98 horas seguido do encaminhamento desses profissionais para o mercado junto às empresas que necessitam de PCDs para cumprir seu papel social de inclusão. “A grande meta desse programa é a reflexão do deficiente sobre a importância do seu papel na organização; que ele evite a própria vitimização para enfrentar as situações diárias superando seus limites”, é o que diz Gabriela Abreu, consultora de Recursos Humanos da SPOT e responsável pelo projeto.
Maicon Araújo participou desse programa e há 5 meses foi contratado como auxiliar administrativo do Grupo SPOT. Para ele não há dificuldade para o PCD conseguir o emprego, o desafio maior é conseguir manter-se. “O treinamento me ajudou a entender que não é só a empresa que tem que se adaptar a mim, mas eu também preciso me adaptar, entender as minhas próprias limitações”, afirma Maicon. Assim como Maria Aparecida, ele também acredita que o PCD deve ser tratado de maneira igual aos demais colaboradores, respeitadas as particularidades de adaptações físicas ao ambiente de trabalho para recebê-lo.
As empresas interessadas em contratar PCDs capacitados pelo Programa Capacitação para Inclusão devem entrar em contato com a SPOT par maiores informações. Para os profissionais com deficiência interessados e se inscrever no próximo treinamento do projeto basta mandar e-mail com dados pessoais para: luciana.pinheiro@spot.com.br ou ligar para (61) 3424-3148. O Programa Capacitação para Inclusão é gratuito para os treinandos participantes.
Fonte: spot
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