A Federação, a exemplo de uma APAE, se caracteriza por ser uma sociedade civil, filantrópica, de caráter cultural, assistencial e educacional congregando como filiadas as APAEs do Ceará e outras entidades congêneres, tendo sede em Fortaleza – Ce.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Festival Assim Vivemos - 5º Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência
Com uma programação de filmes que ultrapassam barreiras, desmontam preconceitos, fazem pensar e divertem, dando novas perspectivas à questão da deficiência, oFestival Assim Vivemos tem se constituído na maior celebração da inclusão cultural do Brasil. Nele, as pessoas com deficiência são as protagonistas, tanto nos filmes quanto no público.
- Para que isso se tornasse realidade, desde sua primeira edição, o Assim Vivemos traz todas as acessibilidades (audiodescrição, catálogos em Braille, legendas Closed Caption, interpretação em LIBRAS nos debates e salas de cinema acessíveis a cadeirantes).
-
Em duas semanas, serão exibidos 28 filmes de 12 países, revelando universos singulares quanto o de crianças de Myanmar (ex-Birmânia) e o de mulheres cadeirantes de Moçambique. Como já é tradicional, serão realizados quatro debates sobre temas específicos, congregando pessoas com deficiência, profissionais especializados, professores universitários, diretores de cinema, entre outros.
Alguns destaques desta edição: Incluindo Samuel, dos Estados Unidos, e Incluir Também se Aprende, do Brasil, filmes que colocam em foco a educação inclusiva. Quando Brilha um Raio de Luz, do Irã, que mostra a bela relação de companheirismo entre duas irmãs. Downtown, da Polônia, que acompanha a realização de um ensaio fotográfico com jovens com síndrome de Down. O Tempo de Suas Vidas, do Reino Unido, que coloca em perspectiva as questões da terceira idade. E muito mais: filmes da Rússia, Canadá, Noruega, Irlanda, Suíça, numa programação que compõe um impressionante painel multicultural.
-
- Todas as sessões terão ENTRADA FRANCA.
-
- 16 a 28 de agosto – CCBB Rio de Janeiro*
- 13 a 25 de setembro – CCBB Brasília
- 5 a 16 de outubro – CCBB São Paulo
-
- *No Rio de Janeiro, sessões também no SESC Ramos e no SESC Madureira.
-
- Confira a programação completa nos sites www.assimvivemos.com.br e www.bb.com.br/cultura
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Sala de aula diferenciada: inclusão de aluno com deficiência
MEC oferece recursos para escolas aprimorarem inclusão do aluno com deficiência
"Certo dia, estava na sala com outra professora e entregamos o notebook para o aluno Sávio. No equipamento, estava visível o programa que apresenta as letras de forma descontraída. No mesmo instante, ele digitou a inicial do seu nome e abriu um sorriso contagiante, com uma expressão de ‘eu posso’. Foi uma emoção que jamais esquecerei", foram as palavras da pedagoga Dulcilene Farias, ao relatar o progresso do aluno Sávio Vinicius Barbosa, de 8 anos, que tem paralisia cerebral.
O garoto, que só mexe os olhos, um pouco a mão e não fala, integra o grupo dos estudantes da “sala de recursos multifuncionais”, da Escola Estadual Clarisse Fecury, Rio Branco (AC). Esse ambiente especial faz parte do Programa de Implantação de Recursos Multifuncionais, do Ministério da Educação (MEC).
Exemplos consistentes de sucesso
Entre materiais didáticos, equipamentos e móveis que são instalados em um espaço da escola, realiza-se o atendimento especializado de alunos com deficiência, que habitualmente estudam em turmas comuns, para aprimoramento dos seus conhecimentos. O programa, que atende mais de 24 mil unidades de ensino pelo Brasil, foca o desenvolvimento cognitivo, o nível de escolaridade, os recursos específicos para o aprendizado e as atividades de complementação e suplementação curricular. Ou seja, o estudante com deficiência, que frequenta a escola comum, poderá contar com esse local para trabalhar suas dificuldades e desenvolver tarefas acadêmicas, consequentemente auxiliando o trabalho do professor dentro da sala de aula regular.
A evolução dos atendidos não se limita ao âmbito escolar. O menino Sávio, que ingressou no colégio Clarisse Fecury este ano, atualmente demonstra em casa seu progresso. “Antes não me comunicava com ele; hoje, depois dos ensinamentos da Dulce Farias, com os programas de comunicação ele passou a pedir e responder com piscar de olhos, ou apontando figuras. Estou aprendendo a entendê-lo”, conta a mãe Maria Elciane Bezerra.
De acordo com ela, o que mais a incentiva na hora de levar seu filho ao colégio (a 30 minutos da sua casa indo de bicicleta) é ver a evolução dele, principalmente no convívio social. “A coordenação motora dele melhorou muito. Antes, onde eu o colocava ele ficava imóvel. Agora, tanto com a família como com as visitas, ele se mexe e procura interagir”. Sávio consegue colocar a mão em cima do teclado e apertar algumas teclas com apoio dos equipamentos de adaptação.
A sala pode atender, além de alunos com deficiência, aqueles que possuem altas habilidades (superdotação), dislexia, hiperatividade e déficit de atenção. Há uma lista de 42 itens para a formação dos recursos multifuncionais, que compreendem de jogos pedagógicos a lupas eletrônicas, para pessoas de baixa visão. Conheça alguns no quadro abaixo!
Para estudantes com deficiência física • Teclado com colmeia – uma placa sobressalente de acrílico com furos, que é incorporada ao teclado convencional. Permite digitar uma tecla por vez. • Plano inclinado – suporte que serve para encaixar o livro sobre a mesa. Possibilita a leitura independente de auxílio. • Computadores – duas máquinas por sala, sendo uma delas um notebook. Contém artigos de adaptação, desde a mesa até a tela. Acompanha uma TV LCD para seguir a lição. Para as crianças com baixa visão ou cegueira • Impressão em braille – todo material digitado pelo professoré impresso em braille. • Globo terrestre tátil – os traços dos territórios e pontos importantes são confeccionados em alto relevo, dando a ideia de dimensão. • Soroban – para efetuar todo e qualquer tipo de cálculo matemático. Uma espécie de ábaco, retangular, com hastes verticais preenchidas por elementos móveis (bolinhas). Para alunos com deficiência intelectual , na fala, autismo, síndrome de Down e surdos • Softwares – de comunicação aumentativa e alternativa, que utilizam símbolos, possibilitando a construção de painéis de comunicação para serem utilizados no computador onde a seleção de uma figura através do teclado resulta em emissão de voz gravada ou sintetizada. Há também o teclado digital, que pode ser personalizado em cores e tamanhos. • Jogos – dominós de associação de ideias e de frases, o sacolão criativo (peças de Lego para montar), dominó de animais e frutas em Libras, entre outros. • Esquema corporal – uma espécie de quebra-cabeça, em que as peças são partes do corpo humano. Na versão de papel e de boneco. Fundamental para as aulas de biologia. |
Do Oiapoque ao Chuí
Os recursos pedagógicos podem desenvolver a comunicação do estudante com o professor, isso quem nos diz é Giovanna Xavier, professora da Escola Municipal Tancredo Neves, de Belo Horizonte (MG). Ela reitera, assim como a mãe de Sávio, que após utilizar esses recursos, alguns alunos que têm dificuldade no relacionamento melhoraram a convivência social, e conta: “Meu esforço profissional foi plenamente retribuído quando um aluno com autismo, que nem sequer olhava nos meus olhos, se expressou claramente pela primeira vez”. A situação que relata foi de quando a mãe desse garotinho chegou para buscá-lo e ele pegou sua mochila, olhou para a docente e disse: “embora”.
“Antes não me comunicava com ele; hoje, estou aprendendo a entendê-lo”, mãe do Sávio
“Naquele momento, senti que meu objetivo começava a ser alcançado”, afirma Giovanna, com a emoção própria de quem trabalha com inclusão escolar.
Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Educação criou uma equipe de triagem, para encontrar os alunos com deficiência, em diversas escolas. Feito isso, organiza o transporte e direciona as crianças para os colégios que têm as salas multifuncionais, mesmo que elas não estejam matriculadas naquele colégio.
Outra capital onde o programa dá frutos é Florianópolis (SC). Rosane Farencena é professora e trabalha há sete anos na área de inclusão da Escola Básica Municipal Osmar Cunha. A sala de recursos lá é chamada de Multimeios, e tem uma média de 11 alunos atendidos, até três vezes por semana. Rosane aponta a procura de professores de salas comuns por conhecimentos e auxílios para desenvolver as atividades acadêmicas dos alunos com deficiência como um dado interessante. “Nossos colegas têm se conscientizado, cada vez mais, sobre o assunto e passaram a acreditar na inclusão escolar. Isso transparece para os alunos sem deficiência, que recebem melhor os colegas e até mesmo se oferecem para serem monitores. Para o programa dar certo, a escola toda deve estar envolvida”, afirma.
“Meu esforço profissional foi plenamente retribuído quando um aluno com autismo se expressou claramente pela primeira vez”, professora Giovanna Xavier
Para Rosane, um momento de grande emoção foi quando Flávia Maciel, mãe de Vinicius Magnus, 7 anos, que tem síndrome de Down, pegou a primeira prova do filho e chorou de tão contente que estava. “Ela já tinha matriculado o Vinicius em diversas escolas. Mas foi só quando chegou a nós que ele conseguiu desenvolver sua escrita e compreensão. Aquela era a sua primeira avaliação, e ele estava conosco só há dois meses”.
Flávia conta que as outras instituições de ensino davam uma baixa perspectiva de aprendizado para o filho, que era excluído das atividades. “Nos colégios particulares só tinha decepções. Agora, não gasto nem com uma borracha e vejo que a cada dia ele aprende e se envolve mais e mais com os colegas. É gratificante ouvir dos professores o quanto o Vinícius é atento, participativo e tem vontade de aprender”, conclui orgulhosa a mãe.
Os trâmites legais
A formação da sala de recursos multifuncionais dá-se por meio de processo licitatório realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A Secretaria de Educação efetua a adesão, o cadastro e a indicação das escolas contempladas no Sistema de Gestão Tecnológica do Ministério da Educação (Sigetc). Esse registro é feito conforme o Manual de Orientação do Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Para que as escolas dos municípios possam receber os aparatos, a Secretaria de Educação da cidade deve elaborar o Plano de Ações Articuladas (PAR), registrando as demandas do sistema de ensino com base na realidade educacional de cada colégio.
“Para o programa dar certo, a escola toda deve estar envolvida”, Rosane Farencena
Outro requisito importante é que as unidades de ensino precisam ser da rede pública com registro no Censo Escolar/MEC/INEP e apresentar a matrícula de alunos da educação especial em classes comuns. Além disso, é necessário disponibilidade de espaço físico para o funcionamento da sala e professor com formação continuada em Educação Especial para atuação no Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Qualificação com treinamento
Mas não basta ter os recursos sem que o corpo docente saiba manuseá- los. Por isso, as prefeituras e o MEC oferecem cursos de especialização. De acordo com Patricia Cunha, que faz parte do núcleo de inclusão escolar da pessoa com deficiência da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, até o momento, os professores da região têm se especializado com cursos oferecidos pela prefeitura. As aulas são presenciais, todas às quintas-feiras, ou à distância, em universidades de outros Estados. A prefeitura ainda aguarda pelos recursos do Ministério da Educação.
No entanto, o MEC oferece essa formação para as cidades de Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC). A professora Rosane frequenta a pós-graduação em atendimento educacional especializado, custeada pelo órgão. Por outro lado, a prefeitura oferece cursos contínuos de reciclagem e aprimoramento profissionais. No Norte do País, a pedagoga Dulce Faria recebe apoio do ministério, da prefeitura e ainda do governo estadual, com cursos de formação continuada direcionados à educação especial e à regular, com aulas que ensinam como ter o contato adequado com a criança com deficiência e saber lidar com os equipamentos disponíveis. “Os órgãos governamentais têm nos dado muito apoio nesse sentido. O que nos falta é as pessoas serem mais humanas em relação àquelas que têm deficiência. Um olhar construtivo, e aceitar como se não houvesse dificuldades. A inclusão ainda precisa ser melhorada, mas já é real”, finaliza Dulce.
Fonte: Priscila Sampaio – Revista Sentidos: http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/65/artigo224408-4.asp
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
A Síndrome de Down na Equoterapia
A síndrome de Down é uma síndrome genética causada pela trissomia do cromossomo 21 e caracterizada por atraso na aquisição das habilidades motoras. Um dos principais propósitos da intervenção fisioterapêutica, nessa síndrome, é atingir o nível máximo de autonomia funcional, dentro dos limites dos comprometimentos do paciente. O desenvolvimento motor, sendo componente substancial para a vida independente, é um dos resultados mais almejados.
A crescente aceitação pela sociedade da idéia de que os portadores de síndrome de Down têm potencialidades a serem desenvolvidas, vem aumentando a participação destas pessoas em programas de reabilitação. Entretanto, esta população recebe intervenção constante e precisa estar sempre encorajada a participar dos atendimentos para que possa obter o máximo de benefícios. Por isso, a fisioterapia deve contemplar atividades que despertem interesse e, ao mesmo tempo, tenham um caráter terapêutico.
Surge, então, a possibilidade de inserção da prática da equoterapia. No portador de síndrome de Down o desenvolvimento motor se processa da mesma maneira que nas pessoas ‘normais’. Entretanto, as aquisições ocorrem de forma mais lenta, o que pode, algumas vezes, frustrar as expectativas criadas pela família e pela sociedade.
Segundo Medeiros e Dias (2002), a ato motor baseia-se em sentir, perceber e realizar o movimento. Desta forma, a dinâmica da equoterapia facilita a aprendizagem motora pelos estímulos ofertados aos sistemas sensoriais responsáveis pelo ato motor, o que leva às mudanças na organização neural (plasticidade neuronal). “[...] contribuindo assim para o desenvolvimento do tônus e da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo, equilíbrio, aperfeiçoamento da coordenação motora, atenção, autoconfiança e auto-estima.” (BOULCH, 1996 apud KAGUE, 2004, p. 36).
A realização das sessões de equoterapia dá-se em local amplo, ao ar livre e na companhia de um animal dócil de grande porte. O praticante desperta sua imaginação e criatividade, o que facilita a abordagem lúdica. No picadeiro deve-se ter espaço disponível para a prática de atividades variadas e dispor de diferentes materiais para auxiliar a execução destas atividades, tornando-as mais atrativas e potencializando os objetivos almejados. É necessário recorrer a um amplo repertório de atividades para que a mudança constante de tarefas evite o desinteresse e mantenha a atenção durante a prática da equoterapia.
Os benefícios das atividades com o cavalo são atribuídos a uma combinação de estímulos sensoriais gerados pelo movimento produzido pelo passo do animal sob os sistemas básicos humanos que, em conjunto, resultam em uma integração motora e sensorial ampliada. Sendo assim, o favorecimento de um maior controle motor, aumento do tônus muscular, a repetição do movimento que provoca a reeducação do mecanismo de reflexos posturais, reações de equilíbrio e a percepção espaço-temporal dos vários segmentos corporais no espaço, somado a um fortalecimento muscular, explicaria as alterações observadas. Todavia, cabe ressaltar que o efeito da equoterapia é multifatorial, o que implica um conjunto de combinações e ajustes, contribuindo de maneira geral para o quadro do praticante.
Fonte: www.mundoequo.com.br
Pessoas com deficiência poderão contar com recursos para facilitar compreensão de filmes
Pessoas com deficiência visual e auditiva poderão contar com dois recursos importantes para facilitar a compreensão de obras cinematográficas. Está pronto para votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) projeto de lei (PLS 122/11) que torna obrigatória a utilização da legendagem em português ou da Língua Brasileira de Sinais (Libras), nas exibições de filmes nacionais, e da audiodescrição nas projeções de filmes nacionais e estrangeiros.
A proposta é do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e procura disponibilizar esses recursos em, pelo menos, uma sala de cinema nas cidades com população superior a 100 mil habitantes.
Segundo o projeto, a audiodescrição é a narração - em língua portuguesa e integrada ao som original do filme - de elementos sonoros e visuais, além de outras informações que favoreçam a compreensão da produção por espectadores com esses tipos de deficiência. Inclui a narração de cenários, gestos e da caracterização dos personagens, segundo explica o senador.
Ao justificar o projeto, Valadares ressaltou tratar-se de um esforço a mais na busca de inserção de pessoas com deficiência em "todos os espaços de convívio social, de fruição cultural e a todas as atividades da vida cotidiana".
O relator da matéria, senador Anibal Diniz (PT-AC), também viu aí "mais um passo para assegurar a conquista de uma sociedade justa e inclusiva", contribuindo ainda para disseminar o acesso "a uma importante forma de expressão cultural".
Depois da CE, o projeto segue para votação, em decisão terminativa , na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
As TIC na Educação para alunos com Necessidade Educacionais Especiais
O Instituto para as Tecnologias da Informação da UNESCO (IITE) publicou recentemente um relatório que reúne um conjunto de iniciativas de referência de vários países com vista à promoção das tecnologias de apoio para as pessoas com deficiência e incapacidade. As iniciativas foram identificadas em colaboração com a European Agency for the Development in Special Needs Education, tendo sido seleccionado o caso da rede portuguesa de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial.
Esta publicação tem como objectivo apresentar exemplos de casos de utilização das TIC em diferentes contextos educacionais para demonstrar o potencial das TIC enquanto instrumento de apoio à aprendizagem e também de inclusão de alunos com necessidades especiais e pessoas com deficiência e incapacidade.
O relatório pode ser consultado em - ICTs IN EDUCATION FOR PEOPLE WITH DISABILITIES - Review of innovative practice
Fonte: UNESCO/IITE - European Agency SNE
Escolas (públicas ou privadas), Professores, Família.O papel de cada um.
O Ajudas.com através da sua fundadora tem estado sempre, de forma construtiva, a participar no Programa Opinião Púbica da SIC Notícias. Hoje foi a vez de reforçar a necessidade da existência do rigor e do profissionalismo dos professores e também do maior apoio da família.
A escola tem um papel preponderante no futuro mas como pais não nos devemos demitir de pelo menos intervir tanto quanto pudermos na educação dos nossos filhos. O mito do Privado ser sempre melhor é um MITO. Tente perceber-se porquê...
O ministério vai com toda a certeza trabalhar no sentido de perceber qual a melhor forma de permitir que os professores não percam tanto tempo em burocracias(serão elas todas válidas?) e garantir que estes profissionais se empenham em cada caso, em cada criança. Cada uma tem direito a aprender e a ter a devida atenção do professor, independentemente das suas dificuldades ou necessidades.
As NEEs são um enorme desafio mas hoje todas as salas de aulas têm desafios que devem ser encarados de frente. Em muitos casos devem ser formados técnicos especializados.
O certo é que muitas vezes o professor se demite de situações apenas porque "dão muito trabalho!".
Algo insustentável! Assim não há ministério que consiga actuar ...Temos pena...porque temos filhos que precisam de PROFESSORES apesar de nós pais, sermos atentos e dedicados. Aqui talvez como pais, interessados, atentos e pró-activos, consigamos fazer ver esta realidade.
Muitas outras situações existem, de empenho, de enorme profissionalismo e de grande carácter, como é por exemplo ( e os bons exemplos devem aqui ser dados), do Agrupamento Fernando Pessoa nos Olivais em Lisboa. Um leque bem alargado de diferentes (MUITO diferentes) necessidades e situações sócio-económicas, rodeado de um competente quadro de docentes geridos por um excelente Presidente do Conselho executivo.
O Ajudas.com redigiu este texto após ter recebido inúmeros pedidos na sequência da intervenção de hoje, dia 26 de Julho, na SIC Notícias pelas 17.30.
A escola tem um papel preponderante no futuro mas como pais não nos devemos demitir de pelo menos intervir tanto quanto pudermos na educação dos nossos filhos. O mito do Privado ser sempre melhor é um MITO. Tente perceber-se porquê...
O ministério vai com toda a certeza trabalhar no sentido de perceber qual a melhor forma de permitir que os professores não percam tanto tempo em burocracias(serão elas todas válidas?) e garantir que estes profissionais se empenham em cada caso, em cada criança. Cada uma tem direito a aprender e a ter a devida atenção do professor, independentemente das suas dificuldades ou necessidades.
As NEEs são um enorme desafio mas hoje todas as salas de aulas têm desafios que devem ser encarados de frente. Em muitos casos devem ser formados técnicos especializados.
O certo é que muitas vezes o professor se demite de situações apenas porque "dão muito trabalho!".
Algo insustentável! Assim não há ministério que consiga actuar ...Temos pena...porque temos filhos que precisam de PROFESSORES apesar de nós pais, sermos atentos e dedicados. Aqui talvez como pais, interessados, atentos e pró-activos, consigamos fazer ver esta realidade.
Muitas outras situações existem, de empenho, de enorme profissionalismo e de grande carácter, como é por exemplo ( e os bons exemplos devem aqui ser dados), do Agrupamento Fernando Pessoa nos Olivais em Lisboa. Um leque bem alargado de diferentes (MUITO diferentes) necessidades e situações sócio-económicas, rodeado de um competente quadro de docentes geridos por um excelente Presidente do Conselho executivo.
O Ajudas.com redigiu este texto após ter recebido inúmeros pedidos na sequência da intervenção de hoje, dia 26 de Julho, na SIC Notícias pelas 17.30.
Fonte: www.ajudas.com
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Inclusão de portador de deficiência no mercado de trabalho é desafio
Empresários têm dificuldades de preencher cotas, em virtude da falta de qualificação. Carência de formação é principal motivo
Os empregadores têm encontrado sérias dificuldades para preencher as cotas de contratação de portadores de deficiência impostas pelo governo. A falta de profissionais qualificados no mercado é um dos principais motivos. O fato é agravado ainda pela carência de formação básica destes trabalhadores, que normalmente recebem pouco ou quase nenhum incentivo ao longo de suas vidas.
A advogada trabalhista e previdenciária do Cenofisco, Rosania de Lima Costa, explica que, nestes casos, o problema costuma ter início dentro de casa. “Existe uma cultura familiar de segregação, em que os deficientes são deixados de lado. Sem o apoio da família, as pessoas se sentem menos confiantes para enfrentar o mercado de trabalho”.
Para se ter ideia, as informações do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que existem no País aproximadamente 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência – o número representa 14,5% da população. Deste total, cerca de 60% são considerados analfabetos.
Desacordo com a realidade
Atualmente é possível verificar um desacordo entre a realidade imposta pelo governo com a Lei nº 8.213/1991, publicada no dia 24 de julho de 1991, e as necessidades do mercado. Afinal, preencher cerca de 2% a 5% dos cargos com portadores de deficiência não é uma tarefa tão simples quanto possa parecer, especialmente porque o problema costuma ir além da capacitação profissional.
“A lei obriga os empregadores a cumprirem a cota de contratações, porém, não informa onde os mesmos possam procurar tais profissionais”, diz Rosania. “O mais interessante nestes casos é que, apesar das facilidades de busca oferecidas pelos portais de empregos na internet, ainda são poucas as instituições aptas a preparar portadores de deficiência para o mercado de trabalho”, completa.
Segundo informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) divulgadas pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), entre os anos de 2007 e 2010, o número de trabalhadores com deficiência formalmente empregados caiu 12%. Isso sem mencionar as quase 42,8 mil vagas para pessoas com deficiência que foram fechadas por falta de profissionais qualificados.
Adequação de espaços
Outro ponto que tem dificultado os processos de contratação diz respeito à adequação de espaços aos quais estão sujeitos os empregadores que queiram contratar deficientes.
Afinal, é preciso lembrar que, em prol dos funcionários, algumas adequações de infraestrutura se fazem mais que necessárias para receber os profissionais. “A instalação de uma rampa, a melhoria dos acessos, a adequação dos banheiros trazem custos. Isso sem mencionar a capacitação do empregado, que precisa receber investimentos do empresário para contornar a falta de incentivo do mercado”, diz Rosania.
Para ela, o ideal seria que os empregadores, ao invés de se preocuparem apenas com o preenchimento de cotas, passassem a investir mais nos profissionais, visando ao desenvolvimento de cada um.
Siga os posts do Administradores no Twitter: @admnews.
Fonte: www.administradores.com.br
Ações podem incluir pessoas com deficiência na Copa, Olimpíadas e Paraolimpíadas
O presidente Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, foi recebido nesta quarta-feira (20) na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) pelo secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira. Durante a visita, Andrew e o secretário discutiram ações conjuntas que visam a expansão das atividades esportivas para pessoas com deficiência no País.
Ações podem incluir pessoas com deficiência na Copa, Olimpíadas e Paraolimpíadas
O secretário lembrou que o estreitamento das relações entre o Comitê e a Secretária de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência é bastante oportuno, uma vez que o governo prepara um amplo programa nacional voltado para a construção de políticas públicas para a pessoa com deficiência.
“O Comitê Paraolímpico Brasileiro é estratégico, pois o esporte é uma das políticas que mais incluem as pessoas com deficiência, permitindo a viabilidade ao segmento das mais diversas barreiras”, afirma Ferreira.
O programa, que está sendo articulado por 10 ministérios, tem como um dos eixos temáticos a participação das pessoas com deficiência na construção da infraestrutura das grandes obras estruturantes para o País, especialmente dos investimentos previstos para a Copa de 2014 e nas Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016.
Fonte: SDH
Portal do Tribunal de Justiça do Ceará oferece dispositivos de acessibilidade
O portal do Poder Judiciário estadual teve aumento de 41,93% no número de acessos nos primeiros seis meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2010.
De janeiro a junho de 2011, o endereço eletrônico recebeu 2.419.692 visitantes contra 1.704.812 de igual intervalo do ano passado.
Somente nos últimos trinta dias, o site do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ/Ce) foi acessado 460.938 vezes.
O dado representa incremento de 62,52%, quando comparado ao mesmo período de 2010.
A média mensal deste ano é de 403.282.
A estatística não considera o acesso privado de advogados e magistrados ao Serviço de Automação da Justiça (SAJ), sistema digital de tramitação de processos adotado pelo Tribunal.
Segundo Joaquim Oliveira, da Divisão de Tecnologia da Secretaria de Tecnologia da Informação do TJ/Ce, três fatores foram decisivos para esse aumento. O primeiro foi o trabalho de otimização para o sistema de buscas, deixando o site "mais amigável".
Em segundo lugar veio a usabilidade, ou seja, adoção de recursos que facilitam a navegação. Por fim, a acessibilidade, com dispositivos que permitem acesso a deficientes.
"O Portal da Justiça estadual adota tecnologias que facilitam a navegação. Além disso, oferece o recurso saltar para conteúdo, utilizado por deficientes visuais.
Com isso, a pessoa pode ir direito para a página que contém informações que mudam diariamente.
Quem apresenta nível parcial de cegueira pode utilizar a ferramenta aumentar fonte. Aquelas com deficiência motora podem navegar utilizando o teclado", explica Joaquim Oliveira.
O novo portal está On Line desde fevereiro deste ano e está disponível também para aparelhos móveis com acesso à rede mundial de computadores.
Fonte: TJ/Ceará
Desenvolvimento e Alfabetização Das Crianças Com Síndrome De Down
INTRODUÇÃO
Pretende-se com esta monografia abordar a deficiência intelectual: Síndrome de Down e suas especificidades. Analisando como foram vistos ao longo da história humana, as características e o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down, a escolarização focando as práticas docentes e sua alfabetização
Com tudo, pretende-se responder as seguintes indagações: Como é vista a criança com Síndrome de Down na sociedade atual? Como é desenvolvido o trabalho entorno da criança na rede regular de ensino? Será possível o ensino regular e o não regular caminharem juntos em prol a alfabetização da criança com Síndrome de Down? Como ocorre a inclusão? Quais são os meios para que a adequação escola e saúde sejam satisfatórias? Como é o processo para alfabetização do aluno com Síndrome de Down?
O trabalho tem por objetivo analisar criticamente as relações estabelecidas entre a sociedade e as pessoas com Síndrome de Down, discutindo o processo de alfabetização e mediação pedagógica. É evidente que ainda exista um grande abismo entre o conhecimento e o senso comum, o presente trabalho busca a interpretação correta de conteúdos temáticos e também de nomenclaturas destinadas à deficiência intelectual.
Através de embasamento teórico pode-se perceber um grande avanço nos documentos recentes disponíveis. Isso implica em grandes modificações, tanto na rede regular de ensino como também na não regular, modificações estas que tornasse grandes interrogações na cabeça de muitos professores e de muitas escolas que ainda não estão aptas a receber um aluno com deficiência intelectual que necessita de adaptação, item comum quando pensa-se na diversidade, que deve ser preservada e respeitada.
A Síndrome de Down advém de um acidente genético, ou seja, nenhuma pessoa está livre de passar por um aluno, amigo, parente ou até mesmo um filho. Procura-se evidenciar a possibilidade de manter esta criança em meios sociais, proporcionar formas com que a criança participe de fato...
Pretende-se com esta monografia abordar a deficiência intelectual: Síndrome de Down e suas especificidades. Analisando como foram vistos ao longo da história humana, as características e o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down, a escolarização focando as práticas docentes e sua alfabetização
Com tudo, pretende-se responder as seguintes indagações: Como é vista a criança com Síndrome de Down na sociedade atual? Como é desenvolvido o trabalho entorno da criança na rede regular de ensino? Será possível o ensino regular e o não regular caminharem juntos em prol a alfabetização da criança com Síndrome de Down? Como ocorre a inclusão? Quais são os meios para que a adequação escola e saúde sejam satisfatórias? Como é o processo para alfabetização do aluno com Síndrome de Down?
O trabalho tem por objetivo analisar criticamente as relações estabelecidas entre a sociedade e as pessoas com Síndrome de Down, discutindo o processo de alfabetização e mediação pedagógica. É evidente que ainda exista um grande abismo entre o conhecimento e o senso comum, o presente trabalho busca a interpretação correta de conteúdos temáticos e também de nomenclaturas destinadas à deficiência intelectual.
Através de embasamento teórico pode-se perceber um grande avanço nos documentos recentes disponíveis. Isso implica em grandes modificações, tanto na rede regular de ensino como também na não regular, modificações estas que tornasse grandes interrogações na cabeça de muitos professores e de muitas escolas que ainda não estão aptas a receber um aluno com deficiência intelectual que necessita de adaptação, item comum quando pensa-se na diversidade, que deve ser preservada e respeitada.
A Síndrome de Down advém de um acidente genético, ou seja, nenhuma pessoa está livre de passar por um aluno, amigo, parente ou até mesmo um filho. Procura-se evidenciar a possibilidade de manter esta criança em meios sociais, proporcionar formas com que a criança participe de fato...
Fonte: www.trabalhosfeitos.com
segunda-feira, 18 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Simpósio debate a participação das pessoas com deficiência na sociedade
O 1º Simpósio de Pessoas com Deficiência da cidade de São Paulo terá diversas palestras que contemplam diferentes aspectos da inserção desses cidadãos e os serviços a eles prestados nas áreas de assistência social, saúde, transporte, mobilidade urbana, entre outras.
A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD) promovem às 9h do dia 16 de julho, no auditório Parlatino do Memorial da América Latina, o 1º Simpósio de Pessoas com Deficiência da cidade de São Paulo. O tema central do evento é Pessoas com Deficiência e sua Participação na Sociedade Civil.
Com o intuito de estimular o debate sobre temas relevantes à pessoa com deficiência, a SMPED organizou uma programação de palestras que contempla diferentes aspectos da inserção desses cidadãos e os serviços a eles prestados nas áreas de assistência social, saúde, transporte, mobilidade urbana, entre outras.
O simpósio contará com a presença de diversas autoridades municipais, como os secretários de Assistência Social; da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; e de Participação e Parceria, além da presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.
O objetivo do encontro é levantar questões sociais, a partir do olhar dos conselhos e das coordenadorias municipais de vínculos sociais, de cidadãos que vêm trabalhando ativamente na causa, para juntos apresentarem propostas e caminhos possíveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo.
O evento é aberto à participação de todas as pessoas interessadas em contribuir com a administração municipal nas questões sociais e operacionais da Cidade.
Serviço
1º Simpósio de Pessoas com Deficiência da cidade de São Paulo - Pessoas com Deficiência e sua Participação na Sociedade Civil
Data: 16 de julho
Horário: das 9h às 18h
Local: Memorial da América Latina - Auditório Parlatino
Endereço: Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Barra Funda
Fonte: www.jusbrasil.com.br
Ensino técnico deve ter atendimento a pessoa com deficiência
A proposta do governo federal para criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) deve contar com medidas de atendimento específico às pessoas com deficiência. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a presidente Dilma Rousseff teria feito essa solicitação ao ministro da Educação, Fernando Haddad.
O Projeto de Lei do Pronatec (PL 1209) tramita em caráter de urgência - Câmara e Senado Federal têm cada um 45 dias para votar - e já tranca a pauta da Câmara. De acordo com o relator do projeto na Comissão de Educação e Cultura, deputado Eduardo Biffi (PT-MS), a votação só deve ocorrer no segundo semestre.
Haddad afirmou que até R$ 2 bilhões podem ser investidos no programa para ofertar bolsas-formação para alunos do ensino profissionalizante até 2012. O objetivo, segundo ele, é garantir educação de tempo integral aos jovens que frequentam o ensino médio, com o cumprimento do currículo normal somado ao ensino de uma profissão em outro período.
Para o ministro, a aprovação do Pronatec transformaria uma iniciativa do executivo em diretriz de Estado. Em sessão na Câmara, Haddad afirmou que o programa consolida uma política iniciada no governo Lula de expansão da rede federal de ensino profissionalizante. Na época, de acordo com Haddad, foram inauguradas 214 escolas técnicas. O objetivo do governo Dilma é inaugurar outras 200 unidades até 2014.
Fonte: www.jb.com.br
segunda-feira, 11 de julho de 2011
XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência será realizado em agosto
No evento serão apresentadas a prestação de contas da gestão do Conselho atual, as propostas e diretrizes para a próxima gestão e a eleição para o próximo biênio.
O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD) promove nos dias 13 e 20 de agosto, o XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência, no Centro de Referência do Idoso - CRECI, situado à Rua Formosa, 15, no Centro da cidade de São Paulo.
No encontro serão apresentadas a prestação de contas da gestão do Conselho atual, as propostas e diretrizes de ação para a próxima gestão e a eleição dos conselheiros e seus suplentes para o próximo biênio.
No dia 13, acontecem às inscrições e apresentação dos candidatos a conselheiros. No dia 20, será eleita a comissão eleitoral, que irá encaminhar e fiscalizar a votação, depois os candidatos participarão de um debate, seguido da votação, apuração e divulgação dos conselheiros eleitos.
O evento é aberto à participação de todas as pessoas interessadas na causa das pessoas com deficiência, desde que previamente inscritas, mas, só têm direito a voto pessoas com deficiência ou seus representantes legais residentes na cidade de São Paulo e devidamente cadastradas no CMPD. As pessoas com deficiência intelectual e as com deficiência múltipla poderão ser representadas por seus representantes legais.
Poderá candidatar-se à Conselheiro a pessoa com deficiência ou seu representante legal, cadastrada no CMPD, além de inscrita e credenciada para participar do XXI Encontro.
A Coordenação do Conselho, eleita para o período de dois anos, é composta por sete membros assim distribuídos: um deficiente auditivo, um deficiente físico, um deficiente visual, um deficiente intelectual ou seu representante legal, um deficiente múltiplo ou seu representante legal e dois outros escolhidos entre todas as deficiências.
Cada participante do encontro com direito a voto poderá votar em até sete candidatos, sendo cinco para os tipos de deficiência especificados acima, mais dois votos para candidatos às vagas livres. Já o presidente do Conselho será eleito pelos conselheiros.
Como se inscrever?
Os interessados em participar do XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência devem preencher a ficha de inscrição e encaminhar para o e-mail: encontropaulistano@prefeitura.sp.gov.br ou ir à sede do Conselho, situada na Rua Libero Badaró, 119, 3º andar. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (11) 3113-9672 // 9673.
Os interessados em participar do XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência devem preencher a ficha de inscrição e encaminhar para o e-mail: encontropaulistano@prefeitura.sp.gov.br ou ir à sede do Conselho, situada na Rua Libero Badaró, 119, 3º andar. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (11) 3113-9672 // 9673.
Serviço:
XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência - Eletivo
Dias: 13 e 20 de Agosto de 2011 - sábados
Local: Centro de Referência do Idoso – CRECI
Endereço: Rua Formosa, nº. 15, Vale do Anhangabaú – Centro/São Paulo
XXI Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência - Eletivo
Dias: 13 e 20 de Agosto de 2011 - sábados
Local: Centro de Referência do Idoso – CRECI
Endereço: Rua Formosa, nº. 15, Vale do Anhangabaú – Centro/São Paulo
As reservas do ATENDE para os eventos do CMPD deverão ser feitas com 15 (quinze) dias de antecedência.
Mais informações no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
Rua Libero Badaró 119- 3º Andar / Centro
Telefones: 3113-9674 // 9675 // 9692
Mais informações no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
Rua Libero Badaró 119- 3º Andar / Centro
Telefones: 3113-9674 // 9675 // 9692
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Mais de 10 mil cartões de gratuidade são distribuídos a pessoas com deficiência
Mais de 10 mil cartões de gratuidade no transporte público foram distribuídos pela Prefeitura a pessoas com deficiência, desde 2008.
Com o cartão, o usuário pode se deslocar gratuitamente, sem limitação de viagens, itinerários ou dias. Em 72% dos casos dão direito ao transporte gratuito também ao acompanhante.
Para ser beneficiário da gratuidade, a legislação municipal estabelece que a pessoa com deficiência esteja fora do mercado formal de trabalho e comprove o tipo de deficiência que possui através de um laudo médico emitido pela Rede Pública de Saúde ou ainda pela rede conveniada ao SUS.
O usuário também deve atender os seguintes critérios de ordem socioeconômica: ter o Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), pertencer a uma família beneficiada pelo programa Bolsa Família, estar inscrito no Cadastro Único de programas sociais do Governo Federal ou dispor de renda per capita familiar de até um salário mínimo.
"Entendemos o benefício como parte de um conjunto de medidas que visam um transporte público justo, diverso e socialmente inclusivo", comentou em comunicado o chefe da Unidade de Acessibilidade e Projetos da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Flávio Arruda.
Com o cartão, o usuário pode se deslocar gratuitamente, sem limitação de viagens, itinerários ou dias. Em 72% dos casos dão direito ao transporte gratuito também ao acompanhante.
Para ser beneficiário da gratuidade, a legislação municipal estabelece que a pessoa com deficiência esteja fora do mercado formal de trabalho e comprove o tipo de deficiência que possui através de um laudo médico emitido pela Rede Pública de Saúde ou ainda pela rede conveniada ao SUS.
O usuário também deve atender os seguintes critérios de ordem socioeconômica: ter o Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), pertencer a uma família beneficiada pelo programa Bolsa Família, estar inscrito no Cadastro Único de programas sociais do Governo Federal ou dispor de renda per capita familiar de até um salário mínimo.
"Entendemos o benefício como parte de um conjunto de medidas que visam um transporte público justo, diverso e socialmente inclusivo", comentou em comunicado o chefe da Unidade de Acessibilidade e Projetos da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Flávio Arruda.
Fonte: Redação O POVO Online
Aniversário da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Claudia Grabois.
No dia 9 de julho estaremos comemorando o aniversário de 3 anos da ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, fruto de incansável trabalho de pessoas que tiveram a coragem de dizer não ao modelo assistencialista e dizer sim aos Direitos Humanos e ao exercício da cidadania plena.
A vida independente e a autonomia, o exercício da cidadania plena e a legitimação e valorização das diferenças se fortaleceram com o tratado e passaram a ser os objetivos a serem alcançados. Por se tratar dos direitos humanos os 33 artigos de conteúdo da Convenção (CDPD) são indivisíveis e os 17 do protocolo facultativo são imprescindíveis para sua eficácia. Compreender a Convenção como instrumento para a eliminação da discriminação, tratado que foi ratificado com quorum que garantiu o status de norma Constitucional, é mais um grande passo para a garantia dos direitos humanos.
O preconceito e a discriminação são atos de violência que condenam a invisibilidade, não permitem a convivência, ferem e matam. Estas ações que também resultam em exclusão educacional, mesmo com avanços, ainda hoje afastam milhares de crianças e adolescentes dos estabelecimentos de ensino e da possibilidade de viver e crescer em sociedade, sendo reconhecidos e legitimados.
A defesa da vida nos coloca frente a essa responsabilidade, e reconhecendo que somos todos iguais e também diferentes pela nossa própria existência, não podemos deixar de manifestar a nossa posição a favor de um direito adquirido, mas nem sempre respeitado. Sim, a educação acontece nas escolas comuns. Sim, as pessoas com deficiência têm esse direito, que é dever do Estado, da família e da sociedade. Sim, se defendemos a vida queremos todos os recursos para as crianças e adolescentes e que todos e todas assumam a sua responsabilidade e trabalhem pelo bem comum, pela defesa da vida e dos direitos inerentes.
O movimento mundial que incluiu pessoas com deficiência no sistema de ensino cresceu e o Brasil avançou com ele, mas queremos que avance muito mais, com todas as crianças e adolescentes em classes comuns e com os seus pares com e sem deficiência, lado a lado. Sabemos que é possível, que deve ser feito e só pedimos o que está na legislação brasileira e com todo respeito à hierarquia legal.
Somos pela legalidade, pela vida, pelo direito de aprender, pela construção da cultura de paz, e da educação inclusiva como condição fundamental para a eliminação da discriminação; a resposta é inclusão.
Inclusão já!
Claudia Grabois.
Claudia Grabois.
Fonte: bengalalegal
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Inclusão educacional de crianças com deficiência mental
Matricular os filhos em escolas comuns é garantido
A inclusão de crianças com deficiências físicas e problemas de mobilidade nas escolas e a adaptação desses ambientes para que os estudantes possam ter autonomia ao usar o espaço e aparelhos escolares é um assunto que já se tornou familiar para a maioria das pessoas. Nem todos os aspectos desse processo, no entanto, contam com conhecimento popular, como a inclusão de crianças com deficiência intelectual ou mental nas escolas regulares.
O termo deficiência mental ou intelectual engloba pessoas que, devido a alterações no desempenho do cérebro, apresentam atraso em seu desenvolvimento cognitivo, refletindo em dificuldades para aprender, entender, se comunicar, realizar tarefas cotidianas e interagir com o meio em que vivem. As síndromes de Down, do X-Frágil, de Prader-Willi, de Angelman e Williams são algumas alterações genéticas que geram esse quadro. Além disso, Erros Inatos de Metabolismo (detectados pelo exame do pezinho) e lesões cerebrais também são causadores da deficiência intelectual.
Durante algum tempo, acreditou-se que as crianças com deficiência mental não eram capazes de participar das atividades das escolas comuns. Atualmente, especialistas e governantes defendem que elas frequentem as escolas regulares, conforme assegurado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, em 2006.
No Brasil, desde 2009 a legislação garante a matrícula de todas as crianças nas escolas regulares e também que estas prestem atendimento educacional especializado aos alunos que precisarem. O mesmo decreto firma as normas de financiamento para que as escolas públicas se adaptem às novas regras.
Para a gerente técnica da APAE São Paulo e mestre em educação pela USP, Marília Costa, a medida representa um avanço para a inclusão dessas pessoas em todas as esferas da sociedade. "As crianças vivenciam um ambiente enriquecedor tanto do ponto de vista humano, como do ponto de vista pedagógico. O convívio com as diferenças é sempre uma vantagem, nunca uma limitação ou um risco", argumenta.
Toda pessoa tem demandas especiais
A Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação informa, inclusive, que "ambientes educacionais organizados exclusivamente a partir da condição de deficiência caracterizam-se em discriminação conforme o Decreto 3956/2001" do governo federal.
O órgão também comenta que a educação inclusiva representa a mudança do modelo de escola segregada para uma concepção de escola com objetivo de atender as especificidades de todos os estudantes. "A partir deste paradigma, que considera a condição de deficiência como parte da diversidade humana, a escola e a sociedade assumem o compromisso de atuar na eliminação das barreiras atitudinais, físicas, pedagógicas e nas comunicações", explica a equipe do Ministério da Educação.
Para a psicóloga Rosana Nascimento e Silva, do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL), em Recife (PE), não apenas as portadoras de deficiência, mas toda criança tem demandas únicas. "É sempre importante lembrar que cada aluno que chega é único. Não sabemos absolutamente o que poderá necessitar e onde irá chegar", ressalta.
Rosana menciona que atualmente as condições específicas de cada criança para a aprendizagem escolar são denominadas necessidades educativas especiais. "Especiais porque suscitarão a construção de adaptações curriculares e estratégias pedagógico-educativas específicas para aquela criança, não devendo ser estimulada a produção de generalizações", explica a psicóloga.
Ela ainda diz que existem casos em que as dificuldades na escola podem ser superadas com acompanhamento de psicopedagogos, "ou mesmo em alguns casos, com uma professora particular mais atenta, pais que supervisionem, ou aulas extras na escola".
Processo de adaptação e atendimento especializado
Shutterstock
Adequar-se para receber as necessidades educacionais de todos os estudantes já é um dever dos sistemas de ensino públicos e privados. Medidas de adaptação precisam contemplar desde o projeto pedagógico da escola até os planos de aula, método de avaliação, tarefas de casa e a prática de cada professor com sua classe.
De acordo com o MEC, o orçamento da união para a educação contempla tanto o financiamento das instituições escolares comuns públicas para receber os alunos com deficiência como para as escolas especiais que atendem essas crianças de forma complementar. Para as escolas da rede pública, a ideia é a implantação de salas de recursos multifuncionais, a formação de professores e gestores e a disponibilização de materiais didáticos e pedagógicos acessíveis.
A lei brasileira também garante o atendimento especializado, de caráter clínico ou não, preferencialmente na rede pública, em horário diferente das aulas comuns, cuja ações devem ser planejadas de acordo com o tipo de deficiência apresentada pelo estudante.
O processo de inclusão não impede que os pais mantenham seus filhos em escolas especiais, mas, segundo a gerente da APAE São Paulo, o ensino especializado deve ser complementar ao trabalho do professor da classe comum, em contra turno, por exemplo.
"Costuma-se associar a escola especial a ensino e cuidados especializados. De fato, isso existe, mas o problema é que quando reunimos apenas pessoas com deficiência, ou com características comuns, empobrecemos as possibilidades de troca e de desafios. A busca pela homogeneidade é um mito, tanto na escola comum como na especial, pois ela não existe em essência. Todo ser humano é único, portanto as diferenças sempre existem. E mesmo que se busque a homogeneidade, ela é limitante como possibilidade de desenvolvimento humano", argumenta Marília.
A psicóloga Rosana Nascimento e Silva também afirma que mais importante do que o ensino especializado é observar as características de cada criança. "Cai-se no equívoco de pensar que a melhor escola seria uma regular ou especial pela rotulação atribuída à criança e pouco se utiliza da observação direta dela, principalmente aproveitando o que de potencialidades ela apresenta", ressalta.
Veja dicas sobre como escolher a escola de seu filho.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Deficiência Intelectual e beijos nas ruas da Itália sob o lema Por que não nós?
Em março de 2011, na Itália, o centro de Pádua foi pintado de vermelho, a cor do amor dos jovens com síndrome de Down que querem ter reconhecido o direito de viver a sexualidade. A demonstração de amor entre casais com e sem deficiência beijando-se sob um guarda-chuva vermelho, foi acompanhada pelas pessoas que por ali passavam.
Sob o lema Por que não nós?, A conferência foi promovida pela Associação Down Dadi, que teve a participação de especialistas e políticos, incluindo o Diretor Regional dos Serviços Sociais, Sernagiotto Remo, da área de afetividade e sexualidade para pessoas com deficiência intelectual. “A participação das instituições é importante – destaca Lascioli Angelo, um pesquisador especialista em sexualidade e deficiência em Verona – porque significa que a política não é apenas consciente das necessidades das pessoas com deficiência, mas também dos seus direitos, segundo o documento das Nações Unidas que em 2007 determinou que pessoas com deficiência intelectual têm o direito a uma vida emocional e sexual.
Durante a convenção foi exibido o curta-metragem “Cinqüenta por cento dos dias”, que narra as diversas maneiras que você pode levantar a questão da sexualidade na deficiência intelectual, embora ainda seja um tabu para muitas pessoas.
Referência: Mitología de la Sexualidad Especial
Fonte: deficienteciente.com.br
Pessoas com deficiência e obesidade
A obesidade virou uma epidemia mundial, com alimentação cada vez mais industrializada, rica em gordura e açucares, a população altamente sedentária, esta já é considerada a doença do século. Segundo, pesquisa do Ministério da Saúde cerca de 48% dos brasileiros estão acima do peso e 15% estão obesos.
Geralmente, pessoas obesas têm ou podem vir a ter problemas de colesterol, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outros. A obesidade é agravada no caso de pessoas com deficiência, no caso de cadeirantes.
A matéria do portal Vida Mais Livre afirma que a porcentagem de pessoas com deficiência obesas é elevada, chegando a ser de duas a três vezes maior do que da população sem deficiência. A causa seria o gasto energético menor e a ingestão excessiva de alimentos gordurosos.
Como as pessoas com deficiência movimentam menos os membros, têm mais chances de engordar, por isso é importante ter alguma atividade física, fazer treinamento funcional. Cuidar da alimentação, reeducação alimentar também podem ser formas de controlar o peso e melhorar a qualidade de vida.
No caso de cadeirantes, o excesso de peso pode afetar a coluna e dificultar até na movimentação e independência da pessoa. Somado ao fato até problemas emocionais e psicológicos. Por isso, deve aliar tratamento com nutricionista, endocrinologista, com tratamento psicológico.
Cadeiras especiais
Quando uma pessoa com deficiência engorda necessita muitas vezes de trocar a cadeira de rodas, o que ela também sente no bolso. Afinal, a cadeira de rodas e sua densidade estão associadas ao peso da pessoa. Isso também aumenta o preço deste equipamento.
Fonte: guiainclusivo.com.br
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Completando 20 anos, lei facilita o acesso de pessoas com deficiência no mercado, mas não reduz preconceito
RIO - A menos de um mês do aniversário de 20 anos da criação da Lei de Cotas (lei nº 8.213) para pessoas com deficiência, a empregabilidade entre o grupo está longe de ser um assunto tratado com naturalidade pelas organizações. Não são poucas as companhias que ainda preferem pagar multa do que ter profissionais com algum problema físico em seus quadros. E as que optam por respeitar a cota alegam que cumpri-la não é tarefa fácil. O maior problema é a falta de mão de obra qualificada, reclamam gerentes de recursos humanos.
Do outro lado da discussão, especialistas alegam que a maioria das companhias ainda não está preparada para adaptar pessoas com deficiência à sua cultura. Para piorar, muitas se limitam a abrir vagas apenas em níveis operacionais, onde a rotatividade é maior. O resultado, segundo pesquisa da Page PCD, divisão da consultoria Michael Page, é que 82% dos funcionários com deficiência estão insatisfeitos em suas atuais posições. Realizado com 243 pessoas com mais de 10 anos de experiência, o levantamento revela, ainda, que metade dos entrevistados planeja mudar de emprego nos próximos dois anos.
- As empresas não sabem, mas existe qualificação nesse mercado. Cerca de 51% dos participantes têm ensino superior e 19%, pós-graduação. O problema é que os gestores só olham para a deficiência e não para o potencial, o que restringe as chances de crescimento - explica Danilo Castro, diretor da Page PCD.
Prova disso é que, apesar do alto nível de escolaridade, 36% dos entrevistados ainda não foram promovidos. A maioria (58%) atua como auxiliar administrativo, contra só 14% que ocupam cargos de supervisão ou gerência.
- As empresas ainda não conseguiram enxergar esses profissionais como pessoas capazes de galgar posições na companhia. A maioria das organizações se preocupa apenas em cumprir a cota, sem focar na qualificação dessa mão de obra ou em iniciativas que poderiam melhorar seu desempenho - diz Castro.
Apesar dos problemas, o balanço de 20 anos da norma - que entrou em vigor no dia 24 de julho de 1991 - é positivo. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 7.508 pessoas com algum tipo de deficiência foram inseridas no mercado nos três primeiros meses deste ano, o que representa um crescimento de 40,7% em relação ao primeiro trimestre de 2010, quando 5.338 trabalhadores foram incluídos. A lei estabelece um percentual de profissionais com deficiência de acordo com o total de funcionários da empresa e multa para o descumprimento.
Funcionário de informática da Michelin, o analista de sistemas Pedro Fuenzalida, de 33 anos - cadeirante desde que levou um tiro num assalto - não só trabalha em sua área como também vislumbra oportunidades de crescimento dentro da empresa. Mas sabe que é uma exceção diante de um mercado que costuma nivelar por baixo:
- Quando entrei, há seis anos, a preocupação com o assunto não era tão grande. Devo ter sido um dos primeiros cadeirantes da empresa. Hoje a companhia não só está enquadrada como também está atenta à questão da diversidade - diz Fuenzalida, que tem duas pós no currículo.
Apesar de as estatísticas mostrarem que o número de contratações vem aumentando do ano passado para cá, a média nacional de cumprimento da lei é de apenas 21,4%. Ou seja: de cada dez vagas que o país deveria destinar a pessoas com deficiência, apenas duas são efetivamente preenchidas.
Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), funcionam como um estímulo a mais para o Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência (IBDD) intensificar sua programação de cursos de capacitação e processos de encaminhamento profissional. A instituição conta com 40 mil currículos cadastrados, sendo um quarto de candidatos com nível superior. Mas nem o volume de pessoas bem preparadas à disposição no mercado tem estimulado as empresas a cumprir a cota.
- O mercado já teve bastante tempo para se ajustar. E é claro que a lei nos fez sair do zero para alguma coisa. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A resistência das organizações ainda é grande e a fiscalização ineficiente - diz Teresa Costa d'Amaral, superintendente do IBDD.
Neusa Nascimento, diretora da Simetria RH - que desenvolve programas de contratação desse público - afirma que, com o aquecimento do mercado, o profissional que se sente discriminado (seja por questões salariais ou relacionadas à carreira) não hesita mais em buscar outras oportunidades.
- Por não investirem num mapeamento funcional de sua estrutura, muitas empresas não enxergam possibilidades de contratação além das funções operacionais. O resultado é que elas acabam perdendo talentos para o mercado - diz.
No caso da Unimed-Rio, o problema está longe de ser rotatividade: o difícil é cumprir a cota. Com 1,8 mil funcionários, seu quadro deveria ter 90 pessoas com deficiência, mas só 30 estão contratadas. Segundo Cláudia Maltese, gerente da área de Gestão de Pessoas, a saída para acelerar o processo de admissão é investir em um programa especial de recrutamento. Criado em 2009, o projeto "Trainees especiais" abrirá, em breve, mais 15 vagas:
- Selecionamos candidatos com ensino médio para trabalhar em diversas áreas, tendo como suporte um programa de formação técnica e comportamental com mais de 370 horas. Há treinamentos sobre empreendedorismo, mercado de trabalho, sustentabilidade e informática. Também nos preocupamos com a sensibilização de outros funcionários para facilitar a adaptação desse grupo.
Leia a reportagem na íntegra no Globo Digital (versão exclusiva para assinantes).
Assinar:
Postagens (Atom)