Natasha não para em escola alguma. “É assim desde o início. Passa um tempo e eles param de se dedicar”, diz Martinha.
Sua primeira escola foi o colégio estadual Arthur Guimarães, em Santa Cecília. Ficou lá por dois anos. Como a escola não era acessível, sempre precisou de ajuda. No primeiro, uma professora se comprometeu a auxiliá-la. No segundo, a mãe chegou a sair do trabalho para ajudar a menina se locomover pelo colégio.
No ano seguinte, 2009, Natasha estudou em uma escola particular. Havia rampas e cuidadores, mas a inclusão parava por aí. “Minha filha terminou o ano sem fazer uma prova. Achavam que cadeirante não pensa.”
No ano seguinte, 2009, Natasha estudou em uma escola particular. Havia rampas e cuidadores, mas a inclusão parava por aí. “Minha filha terminou o ano sem fazer uma prova. Achavam que cadeirante não pensa.”
Atrás da inclusão intelectual a que a filha tem direito, Martinha tentou outro colégio particular no ano passado. “Deu certo. Os professores faziam provas especiais e ela fez muitos amigos.”
A surpresa veio neste ano. A sala de Natasha ficava no andar superior e os novos professores não lhe davam atenção. Quem a ajudava a subir as escadas era uma amiguinha da mesma idade. Apesar de ter pagado R$ 600 pelo material didático, os livros nunca foram usados.
Natasha chorou por duas semanas e pediu para sair. “A única coisa que tenho certeza é de que nunca são os alunos os culpados. Criança inclui. São os adultos que discriminam.”
Fonte: estadao.com.br
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