quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fórum apresenta propostas para estudantes com deficiência intelectual


Cerca de 150 pessoas, entre educadores, estudantes, gestores e profissionais das instituições de ensino básico, superior e de ensino especializado de Salvador, região metropolitana e Recôncavo, participaram, nesta quarta-feira (13), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), do I Fórum Estadual de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva para Educandos com Deficiência Intelectual.
No evento, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com o Centro de Educação Especial da Bahia (Ceeba), foi elaborado um documento com propostas pedagógicas que vão servir como referência para desenvolver políticas voltadas ao atendimento de pessoas com deficiência intelectual nas escolas públicas.
Atualmente, mais de 33 mil estudantes da rede básica estadual de educação são atendidos nas 557 salas multifuncionais instaladas nas escolas estaduais e nos 10 Centros Estaduais de Educação Especial, sendo quatro em Salvador e seis distribuídos no interior do estado.
Eduardo Bruno Vida, 32 anos, é um deles. O rapaz é aluno do Centro de Educação Especial da Bahia (Ceeba) há seis anos e tem o desenvolvimento intelectual acompanhado de perto pela família. Ele é muito comunicativo, adora ir para a escola encontrar os colegas. Conversa que é uma beleza. Agora está no reforço para ajudar a compreender algumas coisas melhor, diz a irmã de Eduardo, Edna Vida, que o acompanhava durante o Fórum. Para Eduardo, o melhor momento dentro da escola é a aula de jardinagem. Acho muito boa, muito legal.
Segundo Edna Santana, técnica da SEC, a expectativa é que todas as escolas da rede estadual contem com o apoio das salas de recurso multifuncional. Grande parte tem e as escolas que não têm estão se preparando para receber em breve. Ela ressalta que, mesmo os estudantes que não têm a sala multifuncional à disposição nas suas escolas, recebem o atendimento adequado nos centros educacionais ou em salas multifuncionais de outras escolas. Trabalhamos por pólo. 

Formação de professores
Para assegurar o atendimento satisfatório às necessidades dos estudantes especiais, a secretaria e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) promovem cursos de especialização destinados a professores que lidam com todos os tipos de deficiência. No momento, temos 160 professores cursando a especialização. É um suporte importantíssimo para incluirmos efetivamente cada vez mais pessoas, destaca Edna Santana.
Alzira Débora Damasceno, professora da Associação Pestalozzi de Camaçari, instituição conveniada com a SEC, é aluna da especialização. Há 14 anos trabalhando na área, Alzira conta que nunca deixa de participar de encontros como o Fórum e de capacitações. Sempre temos o que aprender. Trabalhar com o que não se sabe é sempre difícil. São momentos como este que abrem o nosso horizonte na área da Educação, em geral. É quando paramos para discutir, estudar, pensar situações e trocar experiências com colegas.
Também professora da Associação Pestalozzi, Marília Paim, acrescenta que nesses encontros se desfazem mitos e preconceitos. Além da lei garantir, fazemos esforço para não enfatizar diferenças e desmitificar muito do que a gente ouve e fala sobre a capacidade das pessoas com deficiência intelectual.

Fonte: jusbrasil

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