Para Seduc, inclusão efetiva de estudantes com alguma deficiência ainda é um desafio a ser enfrentado no Ceará
As aulas recomeçaram. Mas, o que é um acontecimento normal para a maior parte dos estudantes, ainda é um tormento para vários outros, portadores de necessidades especiais. Além do preconceito por parte dos próprios familiares, eles sofrem com a falta de estrutura nas escolas e má formação dos professores, principalmente no ensino público.
Segundo dados da Secretaria de Educação Básica do Estado do Ceará (Seduc), dos 173 mil estudantes matriculados na rede pública estadual, atualmente, na Capital, há apenas 103 portadores de necessidades especiais inclusos em salas regulares. O número representa 0,06% do total, ou seja, menos de 1% dos estudantes.
Segundo a Secretária de Educação do Estado, professora Izolda Cela, a lei é clara quando diz que nenhuma escola pública pode rejeitar o aluno portador de necessidade especial. Porém, conforme ela, o grande desafio ainda é fazer com que essa inclusão seja efetiva e o aluno tenha o seu direito de aprendizagem atendido. Ao mesmo tempo, ela afirma que uma grande barreira ainda são os familiares, pois o problema, garante, não é a falta de vagas nas instituições, e sim, a baixa procura pelas que estão sendo oferecidas.
Segundo a secretária, outra dificuldade é diminuir a quantidade de estudantes nas salas de aula em que os portadores de necessidades especiais serão incluídos. "É importante que o aluno se sinta acolhido em uma ambiente pedagógico propício, além de ter professores especializados e qualificados", diz.
A secretária de educação afirma também que, em muitos casos, como os deficientes auditivos, os estudantes preferem estudar em instituições especializadas. "Acredito que o conhecimento possa ser melhor aproveitado por eles nesses locais, pois, em uma sala de aula regular, nem os colegas nem professores possuem o conhecimento de Língua Brasileira de Sinais (Libras), e isso dificulta a aprendizagem destes alunos", avalia.
Mas, situações como essa só ocorrem, segundo Ernany Barbosa, superintendente da Educação Especial da Seduc, devido a carência de professores capacitados para educação especial nas escolas regulares, principalmente na formação em Libras. "Temos uma grande carência de intérpretes nas escolas. Para se ter uma ideia, até no Instituto Cearense dos Surdos existem professores efetivos e temporários sem o curso de libras", frisa.
Carência
A Escola Estadual Professor Renato Braga é um reflexo dessa situação. Na Capital, a instituição é a que mais possui portadores de necessidades especiais matriculados em salas de aulas regulares: são 70, em um universo de 950 estudantes. Conforme a diretora Suely Silvestre, nenhum professor da escola fez curso de formação em educação especial e nem domina o uso de libras. "Aqui, nós temos sete salas de aulas com intérpretes, mas, quando eles faltam, os alunos especiais pedem para ir para casa", revela.
Ela atribui a carência de professores capacitados à falta de tempo dos profissionais de frequentarem os cursos, e diz que o problema só será solucionado quando as disciplinas voltadas para necessidades educacionais especiais forem ministradas na própria universidade. "A maioria dos professores trabalha três expedientes por dia. Além disso, nenhuma escola libera professor para estudar", desabafa.
A estudante Thaís Sousa de Oliveira, que cursa o 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Renato Braga, diz que estuda com deficientes auditivos e reconhece que eles possuem muita dificuldade. No entanto, ressalta que isso não é motivo para transferi-los para uma escola especial. "Acho que eles precisam conviver com outras pessoas ditas normais. Só assim vão se sentir devidamente incluídos na sociedade", afirma.
As aulas recomeçaram. Mas, o que é um acontecimento normal para a maior parte dos estudantes, ainda é um tormento para vários outros, portadores de necessidades especiais. Além do preconceito por parte dos próprios familiares, eles sofrem com a falta de estrutura nas escolas e má formação dos professores, principalmente no ensino público.
Segundo dados da Secretaria de Educação Básica do Estado do Ceará (Seduc), dos 173 mil estudantes matriculados na rede pública estadual, atualmente, na Capital, há apenas 103 portadores de necessidades especiais inclusos em salas regulares. O número representa 0,06% do total, ou seja, menos de 1% dos estudantes.
Segundo a Secretária de Educação do Estado, professora Izolda Cela, a lei é clara quando diz que nenhuma escola pública pode rejeitar o aluno portador de necessidade especial. Porém, conforme ela, o grande desafio ainda é fazer com que essa inclusão seja efetiva e o aluno tenha o seu direito de aprendizagem atendido. Ao mesmo tempo, ela afirma que uma grande barreira ainda são os familiares, pois o problema, garante, não é a falta de vagas nas instituições, e sim, a baixa procura pelas que estão sendo oferecidas.
Segundo a secretária, outra dificuldade é diminuir a quantidade de estudantes nas salas de aula em que os portadores de necessidades especiais serão incluídos. "É importante que o aluno se sinta acolhido em uma ambiente pedagógico propício, além de ter professores especializados e qualificados", diz.
A secretária de educação afirma também que, em muitos casos, como os deficientes auditivos, os estudantes preferem estudar em instituições especializadas. "Acredito que o conhecimento possa ser melhor aproveitado por eles nesses locais, pois, em uma sala de aula regular, nem os colegas nem professores possuem o conhecimento de Língua Brasileira de Sinais (Libras), e isso dificulta a aprendizagem destes alunos", avalia.
Mas, situações como essa só ocorrem, segundo Ernany Barbosa, superintendente da Educação Especial da Seduc, devido a carência de professores capacitados para educação especial nas escolas regulares, principalmente na formação em Libras. "Temos uma grande carência de intérpretes nas escolas. Para se ter uma ideia, até no Instituto Cearense dos Surdos existem professores efetivos e temporários sem o curso de libras", frisa.
Carência
A Escola Estadual Professor Renato Braga é um reflexo dessa situação. Na Capital, a instituição é a que mais possui portadores de necessidades especiais matriculados em salas de aulas regulares: são 70, em um universo de 950 estudantes. Conforme a diretora Suely Silvestre, nenhum professor da escola fez curso de formação em educação especial e nem domina o uso de libras. "Aqui, nós temos sete salas de aulas com intérpretes, mas, quando eles faltam, os alunos especiais pedem para ir para casa", revela.
Ela atribui a carência de professores capacitados à falta de tempo dos profissionais de frequentarem os cursos, e diz que o problema só será solucionado quando as disciplinas voltadas para necessidades educacionais especiais forem ministradas na própria universidade. "A maioria dos professores trabalha três expedientes por dia. Além disso, nenhuma escola libera professor para estudar", desabafa.
A estudante Thaís Sousa de Oliveira, que cursa o 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Renato Braga, diz que estuda com deficientes auditivos e reconhece que eles possuem muita dificuldade. No entanto, ressalta que isso não é motivo para transferi-los para uma escola especial. "Acho que eles precisam conviver com outras pessoas ditas normais. Só assim vão se sentir devidamente incluídos na sociedade", afirma.
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Fonte: Diário do Nordeste
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