quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nadja Pinho lança livro sobre inclusão de pessoas com deficiência

 A professora e militante cearense das lutas em defesa da inclusão de pessoas com deficiência, Nadja Pinho, lança neste domingo , às 17 horas, nos Ja (10) rdins de Burle Marx do Theatro José de Alencar, o livro de sua autoria Mosaico: um hino de amor à vida. O lançamento celebra também os 50 anos de vida da autora.

A obra, segundo Nadja, além de citar fatos da sua vida pessoal, antes e depois do acidente que a deixou tetraplégica, resgata um pouco da história do movimento de luta das pessoas com deficiência de Fortaleza por direitos e cidadania, por meio de uma coletânea de artigos da autora publicados no Jornal O Povo.

Ocupando, atualmente, a Coordenadoria de Pessoas com Deficiência da Prefeitura Municipal de Fortaleza, Nadja ficou te (Copedef) traplégica aos 19 anos, em conseqüência de um acidente de carro. Desde então faz uso de várias ajudas técnicas que a auxiliam a compensar as desvantagens funcionais advindas da tetraplegia.

Desde 1980, passou a militar no movimento de lutas pelos direitos das pessoas com deficiência. Em 1981, ingressou na Associação dos Deficientes Motores do Ceará ADM, onde exerceu as funções de conselheira, vice-presidente e relações públicas. Por entender que o trabalho assistencialista das entidades não leva ao exercício da cidadania e não promove a autonomia nas pessoas com deficiência, fundou e foi presidente do Movimento Vida, Independência, Dignidade, Direito e Ação (VIDA), para pessoas com deficiência.

De lá pracaá, Nadja tem tido participação ativa nos movimentos e instâncias voltadas à formulação de políticas de inclusão das pessoas com deficiência. A história de vida de Nadja é de tal forma ligada às lutas pela inclusão das pessoas com deficiência que, hoje, é impossível falar nas conquistas
cidadãs das pessoas com deficiência aqui em Fortaleza, no Estado e, mesmo, nacionalmente sem considerar a importância do trabalho de Nadja, sobretudo da sua capacidade de articulação pessoal, política e institucional, destaca o médico Mário Mamede, na apresentação da obra.

O livro é composto por duas partes e duas páginas de abertura. Uma delas, que narra a vida da escritora antes do acidente, traz a foto de Nadja ainda jovem, no auge de seus 15 anos. A outra parte apresenta a militante hoje, em sua turbinada cadeira de rodas, narrando aspectos de sua militância.

Estamos diante de um documentário, cujo fio condutor é a incansável busca da dignidade humana, do direito ao afeto e à felicidade em uma sociedade solidária que nos alimente o sonho de uma paz duradoura entre indivíduos, povos e nações, define Mario Mamede. 

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