sexta-feira, 30 de julho de 2010

Oportunidades para pessoas com deficiência intelectual

O Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD) realiza programas de treinamento profissional para indivíduos com deficiência intelectual. Em parceria com diversas empresas, a entidade desenvolve cursos para cargos administrativo-operacionais nas mais variadas áreas, serviços de hotelaria, de limpeza e de conservação de livros e documentos em bibliotecas.


Por falta de conhecimento, apesar da expansão do mercado de trabalho nos campos já citados, as pessoas com deficiência intelectual perdem a oportunidade de trabalharem. Mas esse quadro está se transformando aos poucos e o próprio IBDD já conseguiu a efetivação de algumas dessas pessoas em empregos nos próprios locais onde elas participaram dos treinamentos ou em outras empresas. O período de treinamento é útil para a superação das resistências tanto dos empregadores quanto das pessoas com deficiência, facilitando a adaptação recíproca.


A possibilidade de um emprego provoca na pessoa com deficiência intelectual uma verdadeira mudança de vida. porque aumenta a auto-estima, provocando mudanças em todos os âmbitos de suas relações, sobretudo na família. 


Outras informações no site http://www.ibdd.org.br/ do (IBDD).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

União da Ilha batiza escola de samba para pessoas com deficiência

De forma oficial, a União da Ilha do Governador tornou-se madrinha da Embaixadores da Alegria, primeira escola de samba voltada às pessoas com deficiência e suas famílias. Marcado por muita emoção, o batismo foi realizado no último domingo, durante a feijoada, na quadra da agremiação.

Além do presidente da União da Ilha, Ney Filardi, do seu vice, Djalma Falcão, e do diretor de carnaval, Márcio André, participaram das homenagens no palco, o deputado Tucalo (vice-presidente da Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência), o presidente de honra da Embaixadores, Paul Davis e do presidente da agremiação, Caio Leitão.

"Esse projeto é maravilhoso e a União da Ilha sente-se honrada de ser a madrinha dessa escola. Todo mundo deveria conhecer e seguir o exemplo desse trabalho maravilhoso que é feito pelos diretores dos Embaixadores da Alegria", comentou o presidente Ney Filardi, que recebeu de uma bandeira da escola.

Conferência discute tratamentos para síndrome de Down e pesquisas na área

Click nesse link INCLUSIVE e confira o que foi debatido na Changing Minds Foundation promoveu nos dias 23 e 24 de julho, em Houston, no Texas, EUA.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O sentido de realização de filhos com deficiência intelectual

9º trecho do artigo de Nancy Breitenbach sobre Pesquisa Mundial realizada sobre famílias
que têm um filho com deficiência intelectual ( em inglês intitulado: The sense of achievement)
Traduzido do inglês e digitado por
Maria Amelia Vampré Xavier
Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs
APAE SP Relações Internacionais / Instituto APAE
Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana
Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana/Brasil
Grupo de Informações da Rebraf
em 26 de janeiro, 2002


Continuemos a refletir juntos no excelente trabalho de Nancy Breitenbach sobre a família. Todos nós, pais e outros familiares de pessoas com deficiência intelectual, nos sentimos representados nestas reflexões.

Vamos a ele, pois:

Se a sociedade espera que as famílias que têm filhos deficientes intelectuais sejam vítimas (para não dizer pecadoras) e cria mecanismos que as mantém exauridas e oprimidas, quem irá ajudá-las a readquirir uma imagem positiva delas mesmas e seu sentido de auto respeito? Quem inocentará os pais e os irmãos, dizendo-lhes que a deficiência ou descapacidade intelectual não é uma falha trágica em seu pano de fundo essencial, que não devem ser consideradas culpadas pelo que lhes aconteceu e que, não levando em conta a forma pela qual são julgadas pelos outros, têm forças e irão enfrentar as coisas? A resposta é: terceiros nas mesmas condições, que passaram por idênticos sofrimentos.

As famílias têm andado apoiando umas às outras desde que o mundo é mundo. Os pais de filhos com deficiência intelectual sempre têm conversado com outros pais, porque, ao fazer isso, dão se conta de que nem estão sozinhos naquilo que estão enfrentando nem estão sozinhos para fazer isso.

Os pais de diversos filhos nessas condições formaram um grupo de auto ajuda, e estamos tentando ajudar uns aos outros mesmo que um pouco.
Família Murthy, Índia

Os grupos de auto ajuda fornecem informações preciosas, um espaço para a expressão de sentimentos acerca de se criar um filho com deficiência intelectual, apoio prático e moral, um remédio para o isolamento social encontrado em outros lugares. Os grupos também encorajam sentimento de orgulho e um sentido real de realização, já que os membros mais velhos são uma prova viva do que pode ser alcançado dentro do espaço de um único período de vida. Os grupos dirigidos por pais encorajam e glorificam o amadorismo no sentido mais amplo da palavra: são compostos de pessoas que se auto construíram e que têm amor verdadeiro pelos filhos.

Muitas descrições de pais que têm filhos com deficiências intelectuais, escritas por profissionais, deixam a impressão de que estes pais são ( parafraseando Winnicott) "insuficientemente bons ". Porém, diferentemente de profissionais que optaram por esta vocação e receberam o treinamento necessário para realizar as exigências da tarefa, os pais que têm filhos com deficiência não escolheram este sofrimento, nem foram preparados para ele. Muito raramente esses pais se beneficiam de qualquer tipo de aviso antecipado e como uma mãe do país de Gales descreveu "os pais se chocaram com o chão em alta velocidade". A despeito do elemento surpresa, dentro do mínimo espaço de tempo imaginável muitos pais desenvolvem excepcional sentido de direção, bem como as capacidades exigidas. Tudo isto é feito sem o benefício de treinamento formal.

Em conjunto os pais são pessoas comuns que se encontram em situações excepcionais, forçados a avançar muito além do que normalmente se espera de um pai. Para fazer isso, os pais recorrem a recursos nunca imaginados dentro deles mesmos e se estendem também para estranhos, estabelecendo para si mesmos metas que nunca teriam sequer considerado de outra forma. Os pais crescem e se transformam.

Alguns pais atingem níveis de competência que igualam, e até mesmo superam, os dos profissionais. Obrigados a funcionar dentro de sistemas complicados de bem estar social, os pais freqüentemente se vêem conhecendo as regras do jogo melhor do que aqueles que gerenciam o jogo.
Alguns pais realizam estudos profissionais a fim de, eles próprios, poderem atender as necessidades do filho.

Aprendi a dirigir a fim de poder levá-la à aula particular. Comecei um curso de psicologia e fono- audiologia a fim de poder ajudar minha filha.
Mãe - família de Helen, Bélgica

Outros pais inventam técnicas e equipamento especiais, criam serviços onde nada existe, aprendem a gerenciar empresas importantes sem fins lucrativos; organizam eventos a nível local, regional e nacional, até mesmo a nível internacional. Alguns deles desenvolvem habilidades como defensores políticos e sociais, estabelecem comunicação com membros de universidades e filósofos, até mesmo acabam lidando com o governo e com membros do poder público como amigos próximos. Para um punhado dos pais, a escala de realizações em defesa de seus filhos ultrapassa qualquer coisa que alguém jamais poderia ter imaginado: dar um salto de uma existência de cidade pequena para se expressar junto à Comissão de Desenvolvimento Social das Nações Unidas.

Para qualquer outro pai, tais realizações seriam consideradas carreiras excepcionais. Será que aos pais de filhos com deficiência intelectual também é concedido igual reconhecimento? 

Fonte: Sentidos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lei de cotas para deficientes completa 19 anos

A Lei 8.213/91, a chamada Lei de Cotas para deficientes, completa nesta sábado (24/7), 19 anos de existência. Embora pouco divulgada, a lei, que determina cotas mínimas de trabalhadores com algum tipo de deficiência para as empresas com 100 ou mais empregados, tem beneficiado muitos deficientes que hoje estão inseridos no mercado de trabalho.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Salvador, através do Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Cefap), vem atuando em parceria com o Ministério do Trabalho, Emprego e Renda e o Ministério Público do Trabalho, para capacitar e inserir no mercado de trabalho, pessoas com deficiência intelectual. Ao longo da sua existência, o Cefap já promoveu a inclusão de mais de 350 pessoas no mundo do trabalho.
Implantado em 1977, o Cefap vem capacitando pessoas com deficiência intelectual nas mais variadas funções. Em um primeiro momento, os aprendizes são avaliados por uma equipe especializada de profissionais composta por assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais e pedagogos e, em seguida, encaminhados para as atividades cotidianas de capacitação. O programa é dividido em três etapas: Iniciação para o Trabalho, Qualificação Profissional e Colocação no Trabalho.
A Iniciação para o Trabalho identifica as potencialidades e promove o desenvolvimento de competências das pessoas com deficiência através de oficinas para sondagem de aptidões vocacionais. A etapa denominada de Qualificação Profissional tem o objetivo de capacitar as pessoas em áreas apontadas como tendências da demanda de mercado, preparando os cidadãos para enfrentarem os desafios do mundo.
A proposta de qualificação propicia o desenvolvimento das habilidades básicas específicas e gestão, através de cursos nas mais diversas áreas: copa e cozinha, serviços gerais, jardinagem e paisagismo, estuqueiro, pedreiro, panificação e confeitaria, lanches comerciais, auxiliar de supermercado, auxiliar administrativo e mensageiro interno. A programação possibilita a oferta de cursos a empresas que necessitam de uma mão-de-obra direcionada para as expectativas do mercado.
A última etapa é a Colocação no Trabalho. Nessa etapa pressupõe a inclusão propriamente dita no mercado de trabalho, nas mais variadas funções, sob acompanhamento sistematizado. Atualmente, o Cefap desenvolve, com sucesso, vários programas de colocação no mercado de trabalho. “As empresas que procuram a Apae Salvador sabem que as pessoas com deficiência desempenham as atividades com muita responsabilidade e competência. Portanto, toda a empresa que tem em seu quadro uma pessoa com deficiência, tem uma marca de qualidade”, afirma Tânia Brandão, gerente do Cefap.

Lei determina incorporação de deficientes

Pela Lei 8.213/91 ou Lei de Cotas para deficientes, todas as empresas com mais de 100 empregados são obrigadas a preencher uma parcela de seus cargos ou funções com pessoas com deficiência, nas seguintes proporções: De 100 a 200 empregados com 2% do seu quadro de pessoal; de 201 a 500 com 3%; de 501 a 1.000 com 4% e acima de 1.001 com 5%.
As empresas que não cumprirem a determinação estão sujeitas a multas, de acordo com a Portaria MPS nº142, de 11 de abril de 2007: De R$1.195,13 a 1.434,16 para empresas de 100 a 200 empregados; R$  1.434,16 a R$ 1.553,67 para empresas de 201 a 500 empregados; de R$ 1.553,67 a R$ 1.673,18 para empresas de 501 a 1.000 empregados;  e de R$ 1.673,18 a R$ 1.792,70 para empresas com mais de 1.000 empregados. O valor máximo não pode ultrapassar 119.512,33

Conheça as políticas internacionais de Incentivo ao Trabalho
 
As políticas internacionais de incentivo ao trabalho das pessoas com deficiência envolvem providências que vão desde a reserva obrigatória de vagas até incentivos fiscais e contribuições empresariais em favor de fundos públicos destinados ao custeio de programas de formação profissional, no âmbito público e privado. Veja-se, como alguns países tratam a questão:
 
Portugal: A legislação estabelece cota de até 2% de trabalhadores com deficiência para a iniciativa privada e de, no mínimo, 5% para a administração pública.
Espanha: Um decreto assegura o percentual mínimo de 2% para as empresas com mais de 50 trabalhadores fixos. Já a Lei nº63/97 concede uma gama de incentivos fiscais, com a redução de 50% das cotas patronais da seguridade social.
França: O Código do Trabalho francês reserva 6% dos postos de trabalho em empresas com mais de 20 empregados.
Itália: A lei estabelece que as empresas públicas e privadas com mais de 50 empregados devem contratar 7% do seu quadro com pessoas com deficiência. Em empresas com 36 a 50 empregados, devem contratar duas pessoas com deficiência, e nas empresas com 15 a 35 trabalhadores, deve manter pelo menos uma com deficiência.
Alemanha: Estabelece para as empresas com mais de 16 empregados uma cota de 6%, incentivando uma contribuição empresarial para um fundo de formação profissional de pessoas com deficiência.
Áustria: Reserva 4% das vagas em empresas com mais de 25 empregados.
Argentina: Percentual de 4% para a contratação de servidores públicos e incentivos fiscais para empresas privadas

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mães com deficiência » Caminhos da Reportagem » Parte 1

"Deixem trabalhar as pessoas com deficiência"

O presidente da Assembleia da República vai receber, na quinta-feira, uma petição com 19 mil assinaturas exigindo mais apoios aos Centros de Emprego Protegido, onde trabalham 300 pessoas com deficiência. 

A petição "Deixem trabalhar as pessoas com deficiência" contesta “o decreto-lei que trouxe profundas alterações para os Centros de Emprego Protegido”, contou à Lusa António Martins, porta-voz dos peticionários e responsável pela comissão dos Centros de Emprego Protegido.
Segundo António Martins, em causa está a “retirada de subsídios” e a “redução de verbas” que “condena” a actividade de alguns daqueles onze centros: “Dois já estão na iminência de fechar”.
Os 19 mil peticionários solicitam a alteração das disposições aos CEP do dec. Lei nº 290/2009, de 12 de Outubro, que coarcta a possibilidade das Pessoas com Deficiência, sem oportunidade de inserção em mercado normal de trabalho, fazerem o seu percurso profissional nos CEP.
O porta-voz dos peticionários lembra que o diploma veio ainda limitar no tempo a estada das pessoas com deficiência nos Centros de Emprego Protegido (CEP. “Quando terminam esse trabalho vão para onde?”, questionou o responsável, que considera que o diploma agora contestado manifesta “algo de extremamente errado do ponto de vista humano”.
“A generalidade dos trabalhadores dos CEP não têm real capacidade produtiva capaz de inserção no mercado de trabalho” e por isso, sem os CEP, “vão para o desemprego” ou “ficam completamente abandonados”, uma vez que “muitos já não têm familiares ou os seus pais estão muito idosos”, sublinhou.
Segundo um estudo citado por António Martins, apenas 18 por cento das pessoas que frequentaram os CEP conseguem um emprego fora deste sistema.
“Há um número muito significativo de pessoas que não se consegue inserir no mercado de trabalho” e, por isso, a única alternativa a estes centros seriam os Centros de Actividades Ocupacionais, que "representam uma triplicação dos custos para o Estado”, referiu.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Congresso discute avanços e inclusão para pessoas com deficiência

Promover a discussão sobre os recursos existentes para tornar a vida da pessoa com deficiência mais autônoma e independente. Estes são alguns dos objetivos do 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência da Paraíba, que será realizado de 16 a 19 de agosto, em Campina Grande, na Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP).
O evento idealizado pelo Instituto Muito Especial conta com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e tem ainda como proposta divulgar os avanços da produção acadêmica e científica na área da tecnologia assistiva.
Entende-se por Tecnologia Assistiva todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, levantados no Censo de 2000, 14,5 % da população brasileira possui algum tipo de deficiência.
Há dez anos eram cerca de 25 milhões de pessoas. Hoje, com aumento da violência urbana e as dificuldades na Rede de saúde pública, os números são ainda maiores, o que torna cada vez mais necessárias, iniciativas que fomentem na sociedade os conceitos de inclusão social e os recursos tecnológicos voltados para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, as chamadas, tecnologias assistivas.
Durante o Congresso, serão debatidos temas ligados à realidade da pessoa com deficiência, como tecnologia assistiva e inovação, medicina e reabilitação, entre outros. Cerca de 20 palestrantes, entre eles o consultor de inclusão social, Romeu Kazumi Sassaki, a Drª Maria das Graças Ribeiro e a artista plástica Rose Queiroz.
A abertura acontecerá no dia 16, contando com coquetel de abertura e apresentação de Jessier Quirino e o do grupo Giradança. As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas.
Serviço:
Evento: 1° Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência da Paraíba.
Data: 16 a 19 de agosto de 2010.
Local: Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP).
Endereço: Rua Manoel Gonçalves Guimarães, 195 – José Pinheiro – Campina Grande – Paraíba – PB
Abertura do evento: Dia 16 de agosto às 18hs.
Horários: Dia 16/08 das 18 às 21hs; dias 17, 18 e 19 das 08h às 18hs.
Credenciamento: Dia 16/08 as 17hs, na FIEP
Evento gratuito. Vagas limitadas.
Inscrições através do site www.congressoassistivaparaiba.org.br
Mais informações:
Tel.: (83) 3063-1023
(21) 2220-7626

Pessoas com deficiência têm acesso a educação profissional

A ação envolve duas secretarias do MEC – a de Educação Especial (Seesp) e a de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Ambas têm promovido cursos de educação profissional e capacitado docentes e técnicos administrativos. Ao longo desses 10 anos, o TEC NEP criou 126 Núcleos de apoio às pessoas com necessidades educacionais especiais (Napne) em todo o Brasil.

O programa também criou centros de referência no atendimento a pessoas com deficiência que se espalham pelo país. Segundo levantamento do MEC, já foram incluídos 1,5 mil estudantes com deficiência em cursos profissionalizantes e tecnológicos. Atualmente, o TEC NEP vem promovendo, em várias regiões, encontros de núcleos (Napne) para que sejam relatadas as ações de inclusão desenvolvidas nessas unidades. Já houve encontros na região Sul, Nordeste e Norte. Estão previstos ainda no Centro-Oeste e no Sudeste.

O Napne funciona, nas escolas federais de educação profissional, articulando pessoas, instituições e desenvolvendo ações do programa no âmbito interno, com o auxílio de sociólogos, psicólogos, supervisores e orientadores educacionais, além de técnicos administrativos, docentes, estudantes e pais. De acordo com o Coordenador do programa, Franclin Costa do Nascimento, o objetivo principal do núcleo é criar uma cultura da “educação para a convivência, aceitação da diversidade, e principalmente buscar a quebra das barreiras arquitetônicas, educacionais e de atitude”, explicou.

Outro grande feito do programa, para o coordenador, foi criar centros de referência em todo o país. O campus de São José do Instituto Federal de Santa Catarina, por exemplo, criou tradição no oferecimento de cursos de educação profissional para surdos. Já em Bento Gonçalves (RS), Charqueadas (RS), Guanambi (BA) e Catú (BA) têm escolas da Rede Federal que se tornaram referências no desenvolvimento de tecnologias assistivas, como bengalas, cadeiras motorizadas e óculos especializados para o atendimento desse alunado.
Conquistas – Na Rede Federal foram também criados cinco centros de equoterapia, no campus Concórdia, do Instituto Federal Catarinense, no campus Barbacena, do Instituto Federal Sudeste de Minas, nos campi Rio Verde e Ceres, do Instituto Federal Goiano e no campus Iguatu, do Instituto Federal do Ceará.
Páginas eletrônicas acessíveis, rótulos em Braille para identificação de vinhos, e até um protótipo de casa adaptada para deficientes visuais, cadeirantes e surdos são algumas das tecnologias assistivas que o Campus Bento Gonçalves desenvolve.
 
Cursos – De 2007 a 2009, o programa TEC NEP promoveu o curso de especialização em educação profissional e tecnológica inclusiva a distância, que levou à certificação de 111 profissionais. Além disso, está sendo desenvolvido o curso de tecnólogo em comunicação e tecnologia assistiva, com experiências piloto nos estados do Amazonas, Pará, Pernambuco e Piauí. Já o curso técnico em Órteses e Próteses está sendo desenvolvido experimentalmente no campus Salvador e no Campus Visconde da Graça (RS).
 
Franclin Costa do Nascimento enumerou as metas do programa para o futuro. A primeira é transformar a especialização em educação profissional e tecnológica inclusiva a distância em mestrado. A segunda é fomentar o desenvolvimento cada vez maior de tecnologias assistivas. Em seguida, o TEC NEP deverá criar novos núcleos e fortalecer parcerias com os setores da sociedade que se dedicam à educação inclusiva. 


Fonte: MEC e Inclusive

Vagas para deficientes no Ceará

Pessoas com deficiência lotam salas de aula do Senai

No Senai, são as pessoas com deficiência que lotam as salas de aula. Todas também buscando qualificação para o mercado de trabalho.
Confira como está a situação do mercado de trabalho para deficientes no Cariri.


Fonte: TV Verdes Mares - Bom Dia Ceará

Vagas de emprego para pessoas com deficiência

As oportunidades são para assistente administrativo, atendente de telemarketing e zelador

SINE/IDT
(85) 3101-2774
- Assistente administrativo: 05
- Atendente de telemarketing: 01
- Zelador: 01
- Atendente de farmácia: 02
- Porteiro: 01
- Recepcionista: 01

terça-feira, 20 de julho de 2010

Projeto dispensa deficientes de novas perícias para obtenção de benefícios

Tramita no Senado um projeto de lei que pretende evitar que pessoas com deficiências permanentes tenham de refazer exames médicos-periciais a cada vez que solicitam algum benefício. Esse projeto (PLS 330/08), que foi alterado durante sua tramitação, aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).
Quando apresentou a proposta, em 2008, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a simplificação dos procedimentos burocráticos exigidos dos deficientes. E como exemplos dos benefícios em questão, ele citou aqueles concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e o direito ao passe livre em viagens interestaduais (Lei nº 8.899, de 1994).
Além disso, o senador argumentou na época que "parece contrário ao princípio administrativo da economia processual que a mesma causa [a deficiência] exija múltiplas constatações e perícias paralelas, em órgãos burocráticos diferentes, para a identificação e o reconhecimento da deficiência física que motiva, junto a esses órgãos, os pedidos de benefício".
Restrições
Antes de chegar à Comissão de Assuntos Sociais, onde tramita atualmente, o projeto passou por outra comissão do Senado: a de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde foi modificado pelo senador Flávio Arns (PSDB-PR). Em uma das alterações mais importantes, ele restringiu as situações que dispensam exames médicos-periciais.
Ao observar que, da forma como estava, o texto original permitia a dispensa de qualquer nova perícia, independentemente da finalidade, Flávio Arns argumentou que "a dispensa irrestrita causaria sérios transtornos nos âmbitos previdenciário e social", pois, nesses casos, a concessão de benefícios (como a aposentadoria e a pensão por invalidez, o auxílio-doença e o benefício de prestação continuada, entre outros) "não pode prescindir de uma avaliação médico-pericial".
Segundo Flávio Arns, é necessário evitar que determinadas pessoas, "aptas para o trabalho, valham-se da condição de pessoas com deficiência permanente, porém não incapacitante, para se eximirem da perícia para a concessão desses benefícios".
O texto original também determinava que, para a dispensa de novos exames, bastaria que a deficiência estivesse indicada no respectivo Registro Geral. Mas, alegando que tal procedimento traria problemas constitucionais, pois poderia levar à discriminação, Flávio Arns retirou esse trecho. Segundo ele, seria mais adequada a emissão de um cartão ou de um atestado por parte do INSS ou do "serviço de saúde competente".
Além disso, o texto original não deixava claro se os beneficiados seriam apenas os deficientes visuais e os cegos funcionais (que eram citados no artigo 1º do projeto) ou todas as pessoas com deficiências físicas e intelectuais (conforme previa a ementa inicial). Flávio Arns modificou a proposta de forma a beneficiar todas as pessoas com deficiências permanentes.
Essas modificações fazem com que o projeto altere a Lei nº 8.742/93 e a Lei nº 8.213/91.
Relator na CAS, o senador Mão Santa (PSC-PI) concorda com as modificações propostas por Flávio Arns. Se a Comissão de Assuntos Sociais aprovar o texto, o projeto será enviado diretamente à Câmara dos Deputados.
Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Aprender a superar

Conhecer o que afeta o seu aluno é o primeiro passo para criar estratégias que garantam a aprendizagem


 

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

 Definição: funcionamento intelectual inferior à média (QI), que se manifesta antes dos 18 anos. Está associada a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). O diagnóstico do que acarreta a deficiência intelectual é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais. Além disso, as causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais. Entre elas, a mais comum na escola é a síndrome de Down.

SÍNDROME DE DOWN 

Definição: alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21. A causa da alteração ainda é desconhecida, mas existe um fator de risco já identificado. Ele aumenta para mulheres que engravidam com mais de 35 anos, afirma Lília Maria Moreira, professora de Genética da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Características: além do déficit cognitivo, são sintomas as dificuldades de comunicação e a hipotonia (redução do tônus muscular). Quem tem a síndrome de Down também pode sofrer com problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo, entre outros, e, muitas vezes, nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias.
Recomendações: na sala de aula, repita as orientações para que o estudante com síndrome de Down compreenda. Ele demora um pouco mais para entender, afirma Mônica Leone Garcia, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos, solicitações e tarefas com modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos fáceis de compreender. A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. Muitas famílias não repreendem o filho quando ele faz algo errado, como morder e pegar objetos que não lhe pertencem, diz Mônica. Não faça isso. O ideal é adotar o mesmo tratamento dispensado aos demais. Eles têm de cumprir regras e fazer o que os outros fazem. Se não conseguem ficar o tempo todo em sala, estabeleça combinados, mas não seja permissivo. Tente perceber as competências pedagógicas em cada momento e manter as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos. Planeje pausas entre as atividades. O esforço para desenvolver atividades que envolvam funções cognitivas é muito grande e, às vezes, o cansaço faz com que pareçam missões impossíveis para ela. Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.

TGD
Definição: os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas, com padrões de comunicação estereotipados e repetitivos e estreitamento nos interesses e nas atividades. Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida.

AUTISMO
Definição: transtorno com influência genética causado por defeitos em partes do cérebro, como o corpo caloso (que faz a comunicação entre os dois hemisférios), a amídala (que tem funções ligadas ao comportamento social e emocional) e o cerebelo (parte mais anterior dos hemisférios cerebrais, os lobos frontais).
Características: dificuldades de interação social, de comportamento (movimentos estereotipados, como rodar uma caneta ou enfileirar carrinhos) e de comunicação (atraso na fala). Pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual, afirma o neurologista José Salomão Schwartzman, docente da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Alguns, porém, têm habilidades especiais e se tornam gênios da informática, por exemplo. Recomendações: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.

SÍNDROME DE ASPERGER
 Definição: condição genética que tem muitas semelhanças com o autismo.
Características: focos restritos de interesse são comuns. Quando gosta de Matemática, por exemplo, o aluno só fala disso. Use o assunto que o encanta para introduzir um novo, diz Salomão Schwartzman.
Recomendações: as mesmas do autismo.

SÍNDROME DE WILLIAMSDefinição: desordem no cromossomo 7.
Características: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação. As que apresentam essa síndrome têm uma amabilidade desinteressada, diz Mônica Leone Garcia.
Recomendações: na sala de aula, desenvolva atividades com música para chamar a atenção delas.

SÍNDROME DE RETT
Definição: doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas.  
Características: regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas), movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses. Há a interrupção no contato social. A comunicação se faz pelo olhar.
Recomendações: Crie estratégias para que esse aluno possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação, diz Shirley Rodrigues Maia, da Ahim-sa. Muitas vezes, crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.

24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão

As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência

Um desenho feito com uma só cor tem muito valor e significado, mas não há como negar que a introdução de matizes e tonalidades amplia o conteúdo e a riqueza visual. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.

Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.

Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Nesta reportagem, você encontra respostas para as 24 dúvidas mais importantes sobre a inclusão, divididas em seis blocos.

Gestão administrativa

1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Aos olhos da lei, essa questão não existe - todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários. "Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola", explica Daniela Alonso, psicopedagoga especializada em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um.

3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população.

4. Para torna a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo?
"O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores", explica Claudia Pereira Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.

Leia aqui a reportagem completa 


Fonte: Revista Nova Escola Editora Abril

FÓRUM NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (FNAS)

Será realizado pelo Fórum Nacional de Assistência Social (FNAS), no dia 17 de setembro de 2010, em Brasília o encontro Nacional de Entidades de Assistência Social. Veja o convite e participe!

Fonte: Federação Nacional das Apaes

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES EXTRAÍDAS DO 15º. CONGRESSO MUNDIAL DE INCLUSION INTERNATIONAL, A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE FAMÍLIAS COM UM FILHO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. CONTINUAÇÃO

PLANO ESTRATÉGICO 2010-2015 DE
INCLUSION INTERNATIONAL

CONTINUAÇÃO DE:

PRINCÍPIOS ORIENTADORES
ÁREAS ESSENCIAIS DE PRIORIDADES (key priorities)

Levantados durante o 15º. Congresso Mundial de Inclusion International, realizado no Hotel Estrel-Centro de Convenções de Berlim, Alemanha,
De 16 a 19 de junho, 2010


Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier, da Rede de Informações sobre Deficiências da SEADs – Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, FENAPAEs, Brasília (Diretora para Assuntos Internacionais), Rebrates, SP, Carpe Diem, SP,  Sorri Brasil, SP,  Membro Honorário Vitalício de Inclusion International/Inclusion InterAmericana, em 18 de julho de 2010


Ao regressar do Congresso Mundial de Berlim, que foi um acontecimento notável em termos de políticas  e metas para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, pois juntou no Centro de Convenções de Berlim mais de dois mil participantes vindos de todos os  quadrantes do mundo para debater questões da maior relevância para o progresso da causa mundial que abraçamos há tantos anos., estamos compartilhando o que aprendemos lá.

Como prometemos, continuamos a definir princípios orientadores e  áreas-chave prioritárias de nosso trabalho, mesmo que repetindo algumas para que fiquem bem gravadas em nossos arquivos.  É fundamental que não deixemos que os vínculos em termos globais que formamos com tanto esforço e dedicação todos esses anos não se esgarcem, não se desgastem com a passagem do tempo. Há muita luta pela frente e a ela não podemos fugir enquanto brasileiros e famílias interessadas no bem estar de nossos filhos com algumas limitações.

Vamos pensar e repensar no que aprendemos em Berlim, fazendo dessas observações material de estudo e realização em nosso dia a dia.
Vamos ao trabalho:

Princípios orientadores:

Juntamente com suas organizações filiadas (inclusive a FENAPAEs) Inclusion International atua como agente de mudança tendo como base quatro princípios essenciais que afetam a vida de pessoas com deficiência intelectual e suas famílias.

1.      Inclusão em todos os aspectos da sociedade do dia a dia.

   2;  Cidadania plena que respeita responsabilidades individuais de direitos humanos
 
3  Auto determinação a fim de ter controle sobre as decisões que afetam a  vida das pessoas

4.        Apoio familiar através de serviços adequados e de redes de apoio a famílias que tenham um membro com deficiência.

NOVAS ÁREAS PRIORITÁRIAS

Áreas =-chave prioritárias de Inclusion International para a Convenção de Direitos das Pessoas com Deficiências são:

1.       Artigo 12 – Reconhecimento Igual Perante a Lei -  Pessoas com deficiência intelectual possuem capacidade legal e têm direito a obter apoio a fim de exercitar sua capacidade

   2.   Artigo 19:  Viver com Independência e Estar Incluído na Comunidade -       Pessoas com deficiência intelectual têm o direito de escolher morar na comunidade com os apoios que forem necessários

 3     Artigo 24 – Educação:  Alunos com deficiência intelectual têm  o direito de ser incluídos na escola regular com os apoios necessários

4.                Artigo 32:  Cooperação Internacional – Os Governos estão comprometidos em assegurar que cooperação internacional, ajuda  e assistência humanitária,  sejam inclusivas.

CONTINUANDO A MELHORAR:

PRIORIDADE ESTRATÉGICA 2: VOZ AUTORIZADA @ REPRESENTATIVA

Construir e apoiar uma rede forte de membros (filiados) que representem os interesses de pessoas com deficiência intelectual e suas famílias ao redor do mundo e, agindo dessa forma, seremos amplamente reconhecidos como uma voz autorizada e representativa em todas as questões que afetem pessoas com deficiência intelectual.

PRIORIDADE ESTRATÉGICA 3:  CAPACIDADE

Garantir renda estável e sustentável que possa ser aplicada em fortalecer a capacidade interna e capacidade de destaca a habilidade de Inclusion International responder a suas prioridades estratégicas e às expectativas de membros.

PRIORIDADE ESTRATÉGICA 4: MEMBROS (FILIADOS)

Fortalecer, desenvolver e aumentar a base dos filiados(membros) e estruturas regionais que ajudam a que haja maior envolvimento por parte dos membros em atingir as estratégias prioritárias e atividades de Inclusion International.



Extraído de documento distribuído em Berlim por Inclusion International, traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier em 18 de julho, 2010.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES EXTRAÍDAS DO 15º. CONGRESSO MUNDIAL DE INCLUSION INTERNATIONAL, A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE FAMÍLIAS COM UM FILHO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, REALIZADO EM BERLIM.

Traduzido do inglês por Maria Amelia Vampré Xavier, da Rede de Informações sobre Deficiências e Programa Futuridade da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SEADS), FENAPAEs, Brasília (Diretora para Assuntos Internacionais), Rebrates, Carpe Diem, Sorri Brasil, Inclusion InterAmericana e Inclusion International, em 11 de julho, 2010 em São Paulo


Amigos.


Como já tivemos a oportunidade de informar, em vista de honroso e amigável convite da senhora Diane Richler, Presidente de Inclusion International até o 15º. Congresso Mundial. Tivemos a felicidade de participar desse importante Congresso, em Berlim, Alemanha, que reuniu pais, autodefensores, representantes de governo dos cinco continentes, mais de duas mil pessoas..

Para nossa inteira surpresa, além do carinho e amizade com que fomos recebidos por amigos de muitos países, uma conseqüência do alto prestígio de nossas 2070 APAEs, o que torna o movimento apaeano um dos maiores e mais conceituados do mundo por sua vigorosa atuação em mais de 50 anos no Brasil, fomos agraciados com um prêmio dado a apenas algumas pessoas do movimento, ou seja, passamos a merecer o título de Membro Honorário Vitalício de Inclusion International “ por trabalho extraordinário promovendo os direitos de pessoas com deficiência intelectual e suas famílias” nos últimos cinqüenta anos.

Nem precisamos dizer nossa alegria ao receber em um jantar solene de encerramento do Congresso uma homenagem tão significativa que nos confortou o coração, tantas vezes apreensivo com os rumos de nossa luta mundial.

Temos em mãos algumas informações sobre o trabalho mundial não só no continente americano, mas em outras regiões do planeta e vamos compartilhá-las com os queridos amigos de todo o Brasil.   Começamos falando dos objetivos mais amplos de Inclusion International, a organização em que representamos o Brasil desde 1966, e que nos falam tão de perto ao coração. Vamos a eles:

VISÃO

Um mundo em que pessoas com deficiência intelectual e suas famílias possam participar em igualdade e serem valorizadas em todos os aspectos da vida comunitária.

DECLARAÇÃO DE MISSÃO

Inclusion International lutará pela inclusão de pessoas com deficiências em suas comunidades como vizinhos e cidadãos valorizados.

PRIORIDADES ESTRATÉGICAS

Inclusion International defenderá quatro prioridades estratégicas para preencher sua visão, sua missão e seus princípios orientadores.

PRIORIDADE ESTRATÉGICA 1: PROMOVER A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS (CNUDPD)


Através de seus membros Inclusion International promoverá e apoiará a implementação da Convenção NU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências em áreas de prioridade máxima, que resultarão em mudança real e duradoura em sociedades para pessoas com deficiência intelectual e suas famílias.

Meta 1: Apoio aos Membros: apoiar os membros para que contribuam nas iniciativas nacionais de seus países, na implementação da CDPD(Convenção de Direitos das Pessoas com Deficiência).

Meta 2: Compartilhamento de Conhecimento – promover a troca de experiências, recursos e práticas entre os membros, associados e redes de trabalho de Inclusion International.

Meta 3 :. Pesquisa e monitoração – estabelecer uma pesquisa internacional e capacidade de monitoração em cada uma das áreas prioritárias da CDPD.

Meta 4: Construindo Parcerias - desenvolver uma rede de trabalho florescente e diversificada de famílias, pesquisadores, organizações da sociedade civil, governos e instituições internacionais sobre deficiência e inclusão.

Meta 5: Desenvolvimento de Políticas e Engajamento – trabalhar com governos, agências internacionais e sociedade civil para desenvolver e promover política inclusiva que assegure a implementação da CDPD(Convenção de Direitos das Pessoas com Deficiências).


  
Maria Amelia Vampré Xavier
São Paulo, 11 de julho, 2010.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Crônica sobre Doença X Deficiência Mental



DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E DOENÇA MENTAL SÃO DIAGNÓSTICOS COMPLETAMENTE DIFERENTES, E QUE EXIGEM CUIDADOS E TRATAMENTOS DIFERENCIADOS. HOJE, A CONVIVÊNCIA COM ESTAS PESSOAS E AS CAUSAS QUE LEVAM AO PROBLEMA SÃO CADA VEZ MAIS COMUNS. POR ISSO, PRECISAMOS ENTENDER MELHOR PARA LIDAR COM A NATUREZA DE CADA UM.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Só 17,5% das escolas têm acesso adequado para deficientes

ANGELA PINHO
da Sucursal de Brasília

Apenas 17,5% das escolas brasileiras têm banheiros e dependências acessíveis --contando salas, corredores e auditórios-- adequados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os dados são do Ministério da Educação.
Por decreto federal, desde 2007 todas as escolas deveriam ser adequadas a pessoas com deficiência. Dados do censo escolar de 2009 --fornecidos pelas próprias escolas-- mostram que o índice de acessibilidade na rede pública é de 14,6%; na particular, é de 29,7%.
A falta de instalações adequadas é motivo de lembranças traumáticas. Em 2008, no primeiro ano do ensino médio, Sula Albuquerque Silva entrou em uma escola de Brasília sem banheiro adaptado a cadeiras de rodas. Aos 18 anos, teve que usar fraldas geriátricas até que o problema fosse contornado.
Para Shirley Silva, professora da Faculdade de Educação da USP, o baixo índice de acessibilidade nas escolas está ligado ao fato de ser recente o crescimento das matrículas de pessoas com deficiência --no ensino fundamental, elas mais do que dobraram em dez anos.
"Não há ainda uma concepção generalizada desse direito, ele aparece quando a pessoa aparece", diz.
O baixo índice de acessibilidade não poupa nem o Estado mais rico do país. Em São Paulo, ocorre uma situação inusitada: a proporção de escolas acessíveis é maior na rede pública (21%) do que na privada (16%).
Em Osasco, a pesquisadora Denise Crispim procurou 12 colégios particulares que oferecessem educação infantil e ensino fundamental para matricular sua filha Sofia, cadeirante de quatro anos. Em todos, diretores alegaram que o espaço não era adequado para a garota.
"Percebi que eles usavam a questão arquitetônica como desculpa para justificar que, na verdade, não sabiam lidar com a deficiência", diz. "Como mãe, eu lamento ter que escolher uma escola pela estrutura arquitetônica ou só pela boa vontade de funcionários. Eu não tenho o direito de escolher uma escola com a linha pedagógica que me parece mais adequada, ou que ofereça um trabalho diferenciado?", questiona.
Mila Corrêa, 22, cadeirante de Salvador, não nega o incômodo de depender dos outros. "A falta de acessibilidade impedia a autonomia e criava em mim uma aura de 'superproteção', o que para um adolescente é horrível", diz.
Segundo Martinha Clarete Dutra dos Santos, da Secretaria de Educação Especial do MEC, o investimento em acessibilidade passou de R$ 700 mil em 2003 para R$ 78 milhões neste ano, o que deverá aumentar o percentual de escolas públicas adaptadas para 25%. Ela diz, no entanto, que a responsabilidade principal é dos Estados e municípios, que têm a maior parte das escolas do país.

Juazeiro recebe mostra de incentivo às artes para pessoas com deficiência

Artistas contemplados no I Edital de Incentivo às Artes para Pessoas com Deficiência se apresentam-se no dia 21 de julho em Juazeiro do Norte 
 
A APAE de Juazeiro e o cantor Didi Moraes fazem apresentação no próximo dia 21 de julho, 18h, na Teatro Marquise Branca, dentro da Mostra de Trabalhos do I Edital de Incentivo às Artes para Pessoas com Deficiência. Os shows são apenas alguns produtos financiados pelo Governo do Estado, por meio de um edital, voltado para  os artistas cearenses com alguma deficiência. A mostra pretende difundir a amplo público os trabalhos destes talentos.
Além da mostra, uma exposição será montada na galeria do Teatro Marquise Branca com os trabalhos de artes visuais contemplados, entre eles Francisco de Almeida e diversas instituições culturais que incentivam o desenvolvimento artísticos dos deficientes. A mostra tem promoção do Instituto Multicultura do Ceará.
O Edital de Incentivo às Artes para Pessoas com Deficiência foi o primeiro concurso lançado pelo Governo do Estado - e um dos raros no País - para a inclusão cultural e premiou 21 artistas do Ceará com verba total de R$ 500 mil. O projeto marca um momento político importante, pois reconhece publicamente as habilidades das pessoas com deficiência nas expressões artísticas e culturais.
Serviço: Mostra de Trabalhos do I Edital de Incentivo Às Artes para Pessoas com Deficiência/Secult
Dia: 21 de julho de 2010
Hora:  18h
Local:Teatro Marquise Branca  - Juazeiro do Norte
Entrada franca

 Conheça alguns dos trabalhos:

DIDI MORAES - O carioca Didi Moraes é compositor e músico há mais de 30 anos e, como multi-instrumentista, toca cavaquinho, violão, viola, pandeiro e outras percussões. Com grande sensibilidade, absorveu os ritmos das três regiões onde morou – Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste – e tem influências de grandes nomes da música popular brasileira, desde Waldir Azevedo e Canhotinho à Noel Rosa e João Nogueira. E, dentre os shows que o artista já realizou, vale destacar suas participações em trabalhos de Clementina de Jesus e Moreira da Silva, sendo que também já dividiu o mesmo palco com Evaldo Gouveia. 
Dimaranje José Moraes/ Crato
didi@didimoraes.com
Fone: (88) 3521-3858
www.didimoraes.com

APAE Juazeiro - No Ritmo do Nordeste, os alunos da APAE Juazeiro apresentam no palco números de dança e música. Contemplado pelo I Edital de Incentivo às Artes, A APAE realizou uma oficina de Dança com enfoque nos ritmos do Nordeste para pessoas com deficiência. Na dança, os alunos mostram cadência em ritmos típicos do Nordeste como o xote, frevo, baião, forró, xaxado, côco, reggae, lambada e carimbó. O grupo montou ainda uma apresentação de dança artística englobando todos estes ritmos e terão a oportunidade de mostrá-la. 
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Juazeiro do Norte
Fone: (88) 35711387
juazeirodonorte@apaebrasil.org.br e sheilla.melo@gmail.com.br

Fonte: http://www.secult.ce.gov.br/noticias/juazeiro-recebe-mostra-de-incentivo-as-artes-para