Em parceria com o Senai, cinco indústrias que atuam no Estado, vão absorver os aprendizes
Brasília/Sucursal. Cerca de 500 pessoas com algum tipo de deficiência estão fazendo os cursos de capacitação profissional oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Ceará. Os aprendizes serão contratados por cinco indústrias locais: a M. Dias Branco e o Grupo Pelágio Oliveira, do setor alimentício; o Grupo Norsa, de bebidas; e a Marisol e a Vicunha, do segmento têxtil.
Só Grupo Norsa contratará quase 30%, ou o equivalente a 140 pessoas, das que estão sendo capacitadas. "Muitas empresas têm feito parcerias com o Senai para qualificar pessoas com deficiência porque faltam profissionais para preencher as vagas reservadas a esse público conforme determina a Lei 8.213/91", explica a gestora nacional do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), Loni Mânica. A Lei 8.213 estabelece cotas para as empresas contratarem pessoas com deficiências. Pela legislação, organizações que têm cem ou mais funcionários devem preencher de 2% a 5% das vagas com trabalhadores especiais.
O procura pelos trabalhadores para empresa começou com a campanha Apite Norsa, organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em Fortaleza. A iniciativa identificou entidades, institutos e as Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) para o recrutamento e seleção dos jovens. Além disso, a empresa fez uma parceria com o Senais, que montou os cursos de auxiliar de linha de produção e assistente administrativo dentro do PSAI.
"Criamos juntos cursos profissionalizantes a partir da capacidade dos candidatos e das possíveis ocupações na empresa. Hoje, temos três turmas e formaremos 75 jovens com deficiências auditivas e físicas, que serão contratados pela Norsa", explica Cid Fraga, diretor do Centro de Formação Profissional do Senais, em Fortaleza. "Também adaptamos as salas e capacitamos os docentes para receber esse público com metodologia própria do programa", acrescenta Loni Mânica.
O Senai oferece ainda cursos de formação ou requalificação profissional para idosos, indígenas e quilombolas em todo o País. De 1999 até janeiro deste ano foram capacitados mais de 57 mil alunos especiais. Em 2009, o programa formou 17 mil pessoas. Os cursos mais procurados são panificação, informática, mecânica, operador de máquinas e construção civil.
Fonte: Diário do Nordeste
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