Ontem, O POVO testou o acesso com Carlota, em cadeiras de rodas, nas casas legislativas. Hoje, as paradas são sedes dos poderes Executivo e do Judiciário
“Aqui, até agora, passou no teste”. Foi uma das primeiras exclamações de Carlota Amália Perez Maciel, 33 anos, ao ver o prédio do Paço Municipal reformado e que voltou a ser, desde janeiro deste ano, sede da Prefeitura de Fortaleza. Nas visitas mostradas hoje, chegar ao destino desejado foi tarefa um tanto mais simples.
Conforme O POVO mostrou ontem, Carlota precisa de cadeira de rodas para se locomover e encontrou obstáculos e boas instalações, mas, principalmente, um caminho mais longo para chegar aonde queria, tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa.
No local onde a prefeita Luizianne Lins (PT) despacha com secretários e outras demandas, Carlota ficou envaidecida. Era o exemplo de prédio público, em sua opinião. As rampas no prédio permitiram que ela mudasse de pavimentos, com a dificuldade apenas do calor. Entrou pelo elevador e vistoriou o banheiro, segundo ela, “perfeitos”.
Além do Paço, a visita de hoje foi pelo Palácio Iracema – sede do Governo do Estado – e pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), instância superior do Judiciário no Estado.
No Palácio Iracema não existiram obstáculos, mas também não há mais de um pavimento. O prédio está num térreo e não foi difícil para Carlota se movimentar de um canto a outro. A entrada especial, ao lado do detector de metais, foi aberta por um dos guardas que fazem a segurança e ela não encontrou nenhum obstáculo.
Mas foi a sede da Central de Licitações, que fica ao lado do gabinete do governador Cid Gomes (PSB), para onde Carlota voltou sua atenção. “Olha, tem elevador próprio”, disse ao ver o equipamento especial ao lado de uma escadaria na entrada. Igual ao que viu na Câmara Municipal.
Só não tinha rampa e Carlota mais uma vez, reclamou dessa “pequena falha”.
Dos três elevadores existentes, dois estavam interditados. Segundo a assessoria do TJ-CE, porque o prédio está em reforma e os elevadores devem dar acesso a todos os pavimentos.
Então, o único elevador que estava funcionando foi tomado por Carlota e confirmado: entrou e saiu em todos os andares.
No entanto, notou que mais uma vez, está difícil haver escadas de acesso no interior do prédio, o que, para ela, é fundamental. “Eu acho que onde há escada, devia haver uma rampa. Como hoje, tem dois elevadores não funcionando, e se um dia não funcionar nenhum, ou faltar energia?”, questionou ela, na luta pela rampa.
Pelo decreto 5296, de 2 de dezembro de 2004, o prazo para prédios de uso público e de uso coletivo já existentes garantirem a acessibilidade foi de trinta e quarenta e oito meses, respectivamente. O decreto prevê apenas que, com o descumprimento, serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis.
ENTENDA A SÉRIE
O POVO encerra hoje a série que testou a acessibilidade para cadeirantes nas sedes dos três poderes
Fonte: opovo
Conforme O POVO mostrou ontem, Carlota precisa de cadeira de rodas para se locomover e encontrou obstáculos e boas instalações, mas, principalmente, um caminho mais longo para chegar aonde queria, tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa.
No local onde a prefeita Luizianne Lins (PT) despacha com secretários e outras demandas, Carlota ficou envaidecida. Era o exemplo de prédio público, em sua opinião. As rampas no prédio permitiram que ela mudasse de pavimentos, com a dificuldade apenas do calor. Entrou pelo elevador e vistoriou o banheiro, segundo ela, “perfeitos”.
Além do Paço, a visita de hoje foi pelo Palácio Iracema – sede do Governo do Estado – e pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), instância superior do Judiciário no Estado.
No Palácio Iracema não existiram obstáculos, mas também não há mais de um pavimento. O prédio está num térreo e não foi difícil para Carlota se movimentar de um canto a outro. A entrada especial, ao lado do detector de metais, foi aberta por um dos guardas que fazem a segurança e ela não encontrou nenhum obstáculo.
Mas foi a sede da Central de Licitações, que fica ao lado do gabinete do governador Cid Gomes (PSB), para onde Carlota voltou sua atenção. “Olha, tem elevador próprio”, disse ao ver o equipamento especial ao lado de uma escadaria na entrada. Igual ao que viu na Câmara Municipal.
Só não tinha rampa e Carlota mais uma vez, reclamou dessa “pequena falha”.
Tribunal de Justiça
Ao chegar ao Tribunal de Justiça, a rampa na calçada e na entrada já deixaram Carlota de bom humor. Mas o que realmente a impressionou, segundo ela, pela dificuldade de encontrar em muitos lugares, foram os caixas eletrônicos adaptados para portadores de deficiência. Dos três elevadores existentes, dois estavam interditados. Segundo a assessoria do TJ-CE, porque o prédio está em reforma e os elevadores devem dar acesso a todos os pavimentos.
Então, o único elevador que estava funcionando foi tomado por Carlota e confirmado: entrou e saiu em todos os andares.
No entanto, notou que mais uma vez, está difícil haver escadas de acesso no interior do prédio, o que, para ela, é fundamental. “Eu acho que onde há escada, devia haver uma rampa. Como hoje, tem dois elevadores não funcionando, e se um dia não funcionar nenhum, ou faltar energia?”, questionou ela, na luta pela rampa.
Quando
ENTENDA A NOTÍCIA
Pelo decreto 5296, de 2 de dezembro de 2004, o prazo para prédios de uso público e de uso coletivo já existentes garantirem a acessibilidade foi de trinta e quarenta e oito meses, respectivamente. O decreto prevê apenas que, com o descumprimento, serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis.
ENTENDA A SÉRIE
O POVO encerra hoje a série que testou a acessibilidade para cadeirantes nas sedes dos três poderes
Fonte: opovo
Nenhum comentário:
Postar um comentário