
Levantamento encomendado pelo MEC mostra que a incidência de práticas preconceituosas afetam os índices educacionais das unidades de ensino
Na manhã desta segunda-feira (21), técnicos da Secretaria de Estado de Educação e do Esporte (SEE) e representantes de movimentos sociais se reuniram no auditório do órgão para discutir o planejamento de ações de combate ao preconceito nas escolas da rede pública estadual. O encontro ainda contou com a presença de fóruns de Diversidade Etnicorracial, Sexual, Indígena, do Campo, da Educação de Jovens e Adultos e do Meio Ambiente.
Na ocasião, foi apresentada pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que mostra que a prática de discriminação na escola afeta diretamente os índices da Educação Básica brasileiro. De acordo com o levantamento, encomendado pelo Ministério da Educação (MEC), as principais formas de hostilidade e exclusão encontradas nas unidades escolares são o preconceito de gênero, o racial, o de orientação sexual e a discriminação contra pessoas com deficiência intelectual.
“Este é um estudo pioneiro sobre a diversidade na escola brasileira e os dados aqui presentes reforçam que a melhoria dos índices educacionais passam não só pelo fortalecimento do ensino do Português e da Matemática, mas também pelo combate à discriminação na comunidade escolar”, destaca a professora Maria Alcina Ramos, que apresentou o levantamento.
Políticas públicas – A partir da pesquisa do Fipe, os fóruns de diversidade farão um estudo coletivo junto à SEE para a elaboração de políticas públicas que combatam o preconceito na escola. A gerente de Diversidades, Irani Neves, conta que a Secretaria mantém diálogo permanente com os fóruns e movimentos sociais.
“O resultado desse levantamento servirá de base para que, junto com os movimentos sociais, nós possamos conduzir políticas inclusivas em educação que respeitem a diversidade. O encontro que tivemos hoje com os fóruns já é um grande avanço nessa discussão”, afirma.
Escolas – Algumas unidades da rede pública estadual já realizam ações bem sucedidas no combate à discriminação. É o caso do Projeto Peróla Negra, na Escola Estadual Alberto Torres, no bairro de Bebedouro. Uma iniciativa do professor de Matemática Állex Sander Porfírio, o Pérola Negra existe desde 2008 e promove, por meio de atividades interdisciplinares, o maior conhecimento da herança africana na cultura brasileira com alunos do Ensino Fundamental e Médio.
A ação obteve bons resultados e, em dois anos, o número de estudantes inseridos no projeto aumentou de 150, em 2008, para 740 em 2010. A incidência de preconceito racial entre os jovens também foi reduzida.
Para 2011, o projeto vai fortalecer a discussão de um tema que preocupa educadores em todo o mundo: o bullying, termo inglês que designa as práticas de agressão e hostilidade de alunos entre si.
“O bullying é uma forma de violência que pode ser tanto física como psíquica e, desde o ano passado, nossa escola tem uma preocupação de abordar esta temática. Inclusive, existe uma cartilha do Conselho Nacional de Justiça que orienta pais e professores sobre como lidar com este problema”, explica.
Fonte: Agência AL



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